Nigeriano 'desespera' para deixar o país: acusa clube de salários em atraso e de agressões

Egito Nigeriano 'desespera' para deixar o país: acusa clube de salários em atraso e de agressões

INTERNACIONAL24.07.202321:37

O médio nigeriano Raphael Ayagwa, de 25 anos, que milita no Aswan – despromovido à segunda divisão do Egito em 2023/24 – e tem contrato por mais duas épocas (até julho de 2025) com o clube, acusa os responsáveis do emblema de o terem agredido e o estarem a manter refém, contra sua vontade, no país, depois de ter reclamado alegados salários e verbas em atraso do emblema para consigo para deixar a nação da civilização dos faraós… e o clube.

De acordo com o site GoalBallLive.com, Ayagwa, que ao longo da carreira representou clubes de paragens tão díspares quanto o Lillestrom (Noruega) e Tulsa (EUA), ou o Lóbi Stars (Makurdi, Nigéria), o futebolista estará impedido de deixar o país, clamando ainda ter sido alvo de uma alegada tentativa de agressão por parte de dirigentes do emblema.

Avança o referido site que Raphael – um potencial convocável para o treinador português José Peseiro, selecionador da Nigéria, recorde-se – alega atraso no pagamento dos salários, impacientou-se e foi ao clube reclamar o que considerava seu por direito, mas não chegou a tempo e horas.

Ayagwa terá ouvido uma ‘nega’ dos dirigentes do emblema, que lhe apelaram para continuar no Aswan, que mais tarde receberia. Uma proposta que o profissional recusou, sem, alegadamente, ver a ‘cor do dinheiro’.

Contratado ao Lóbi Stars em outubro de 2022 a ‘custo zero’, Raphael Ayagwa – que cumpriu 16 jogos pela formação egípcia na pretérita temporada - e companheiros não impediram que o Aswan fosse além do 16.º lugar e antepenúltimo lugar na classificação da Liga do Egito de 2022/23, tendo sido uma das três equipas relegadas para a segunda divisão na próxima época, a par do El Mahalla, 17.º classificado, e do 18.º e último, o Harras Hodoud.

No domingo, dia 23, o jogador assinalou o fim do campeonato e da época com uma mensagem que não indiciava a ‘tempestade’ que, 24 horas depois, domina o seu horizonte, e praticamente despediu-se dos adeptos e companheiros de equipa, numa publicação partilhada na sua conta na rede social Facebook.

«Quero agradecer a todos os que me apoiaram durante a minha saga no Egito. Senti muito apoio de todos, adeptos e jogadores. Deus vos abençoe a todos, vou voltar para casa com a minha família agora», escreveu Raphael Ayagwa, num ‘post’ que pode ver em anexo, desconhecendo-se nesta altura se já conseguiu abandonar o país, e, caso o tenha feito, se foi ‘de mãos a abanar’ ou com as contas devidamente regularizadas pela entidade patronal.

O clube ainda não tomou qualquer posição sobre a polémica, num país onde o técnico português Rui Vitória é, recorde-se, o selecionador nacional, e Jaime Pacheco treinador dos vice-campeões nacionais, o Pyramids (Cairo).

Veja, no 'post' em anexo, a 'despedida' do jogador, através da sua página na rede social Facebook, e um 'tweet' onde o próprio dá conta de estar a ter, alegadamente, 'vida difícil' para resolver as questões pendentes no Egito:

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