Luís Freire: «Temos de ser ambiciosos e acreditar que é possível uma vitória»
Rio Ave soma cinco partidas sem perder (IMAGO)

Luís Freire: «Temos de ser ambiciosos e acreditar que é possível uma vitória»

NACIONAL22.12.202315:24

Na melhor fase da época, o treinador do Rio Ave acredita que os vila-condenses são «uma equipa difícil de bater», embora considere o D. Afonso Henriques um campo «complicado»

O Rio Ave atravessa a melhor fase da temporada, com cinco jornadas consecutivas sem conhecer o sabor da derrota. Apesar disso, Luís Freire sublinha as dificuldades que o Vitória de Guimarães pode colocar aos rio-avistas, na partida agendada para amanhã: «Nós preparámos a equipa com a ambição de sermos muito competitivos amanhã, uma equipa organizada, coesa e trabalhadora. Focada naquilo que tem para fazer, nas tarefas, na organização de jogo. Sabemos que o Vitória de Guimarães é uma equipa com processos rápidos, que joga rápido na frente, tem bons jogadores, também muitos jovens com muita qualidade. Tem uns adeptos fervorosos, portanto sabemos o ambiente que vamos apanhar.»

«Estamos identificados com a equipa deles, sabemos das dificuldades que nos vão criar. Estamos mentalizados e preparados para as dificuldades, mas também temos uma palavra a dizer, como tivemos em vários jogos esta época. Fomos sempre muito competitivos, tirando o jogo com o Moreirense. Com o Sporting também tivemos algumas dificuldades, em Alvalade. Mas em todos os outros jogos, seja com o FC Porto, com o SC Braga ou com outro tipo de adversários, que até estão lá em cima na tabela, fomos extremamente competitivos. Amanhã, temos de ter uma grande organização de jogo, temos de estar extremamente focados. Sabemos que se estivermos nesse patamar de coesão vamos ser uma equipa extremamente difícil também para o Vitória, e com possibilidade de ganhar o jogo. Portanto, temos de fazer um jogo inteligente, maduro e meter em prática aquilo que é a nossa organização ofensiva, porque somos uma equipa que tem marcado golos, tem criado perigo e tem tido personalidade. Em Arouca, em Barcelos, e em Braga, que são as últimas deslocações, tivemos personalidade. Portanto, acredito que temos uma palavra clara a dizer no jogo, e que os três pontos podem vir para Vila do Conde, que é o nosso objetivo», destaca.

Na antevisão à partida diante dos vimaranenses, o técnico dos vila-condenses enaltece as exibições recentes da equipa, embora falte transformar os empates recentes (quatro consecutivos para o campeonato) em vitórias: «Em muitos deles (empates recentes), estivemos a um nível superior do adversário. Com o Estrela da Amadora, sofremos o empate já no fim, e com o Arouca também não fomos tão eficazes quanto podíamos. Com o Gil Vicente, fizemos o triplo dos remates deles. No entanto, com o Vizela foi diferente, não entrámos tão bem e sofremos no melhor lance deles, um grande golo. Tem faltado um pouco de eficácia, porque sofremos e desperdiçámos algumas oportunidades. Em condições normais, devíamos ter vencido alguns destes jogos. Num campo complicado como o D. Afonso Henriques, temos de ser ambiciosos e acreditar que é possível uma vitória.»

A turma de Álvaro Pacheco deixou escapar os três pontos nos instantes finais do encontro da jornada passada, frente ao Boavista, facto que pode indiciar alguma fragilidade dos vimaranenses. Para Luís Freire, a análise tem de ser vista dos dois lados: «Analisámos o que podia ser feito, mas não tenho dúvidas que o Vitória fez a mesma coisa. Eles têm grande capacidade para criar problemas ao adversário, incluindo bolas paradas, contra-ataques rápidos e bolas na profundidade. Contudo, também dá oportunidades ao adversário, como vimos, e por isso também faz jogos menos conseguidos. É aí que queremos estar e aproveitar, porque somos uma equipa difícil de bater. Se o melhor Rio Ave aparecer em campo, vamos vencer em Guimarães.»

As últimas jornadas da Liga têm servido para os rio-avistas recuperarem terreno a adversários diretos. O treinador dos vila-condenses vinca que «o campeonato tem a sua própria história»: «A verdade é que já tivemos uma recuperação pontual. É evidente que queremos a vitória amanhã, porque existem empates em jogos que podíamos ter ganho. Temos tido a sensação de que falta apenas um bocadinho para retirar os três pontos. Estamos sempre com a sensação de que podemos ganhar, mas amanhã o principal objetivo é termos a sensação de trabalho e a capacidade para colocá-la em campo.»

Quanto ao ambiente «fervoroso» que o Rio Ave espera encontrar em Guimarães, o técnico de 38 anos frisa que os vila-condenses «já têm uma equipa experiente que jogou em palcos muito complicados»: «Para os jogadores, jogar com público é sempre melhor do que jogar sem público. Será assim para os da casa, mas quem visita também gosta de sentir o estádio cheio, implica importância e dedicação na partida. Acredito que assim, teremos capacidade para os defrontar. Tenho o maior respeito pelos jogadores, pelo Álvaro Pacheco e por todos os elementos do Vitória de Guimarães, mas isso não significa que nos vamos resignar. Têm uma boa dinâmica, isso é verdade, mas deste lado faremos de tudo para vencer», garante.

O duelo entre Vitória de Guimarães e Rio Ave está marcado para este sábado, às 15.30 horas.