Infantino endurece discurso e defende derrotas automáticas em casos de racismo
Gianni Infantino, presidente da FIFA (IMAGO/Eibner)

Infantino endurece discurso e defende derrotas automáticas em casos de racismo

INTERNACIONAL21.01.202410:21

Presidente da FIFA indignado com eventos em Itália e Inglaterra

Depois de mais dois casos flagrantes de racismo em estádios de futebol, em Itália e Inglaterra, o presidente da FIFA endureceu o discurso. 

Mike Maignan, guarda-redes do Milan, foi insultado no jogo contra a Udinese e a partida esteve mesmo interrompida com o jogador e os colegas a sair de campo;  o médio Kasey Palmer, do Coventry, injuriado no jogo frente ao Sheffield Wednesday. Ambos os casos foram reportados aos árbitros.

Maignan interrompe jogo e explica:

Rafael Leão mostrou apoio ao colega de equipa: 

Kasey insultado em Sheffield:

Gianni Infantino emitiu depois um comunicado duro, defendendo a derrota automática para casos semelhantes. «Temos que implementar a derrota automática para a equipa cujos atos de racismo dos adeptos causem  paragem nas partidas», sugeriu. 

«Os acontecimentos em Udine e Sheffield este sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm o meu total apoio. Precisamos que TODAS as partes interessadas tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isto não faz parte do futebol ou da sociedade», disse num longo comunicado, deixando então a sugestão: 

Além do processo de três etapas (jogo interrompido, jogo novamente interrompido, jogo abandonado), temos de implementar uma derrota automática para a equipa cujos adeptos cometam atos de racismo e causem o abandono da partida, bem como interdições de estádios e acusações criminais contra racistas. (…) De uma vez por todas: Não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!»