Benfica District: o megaprojeto de revolução da Luz e zona envolvente
O Benfica apresenta esta tarde um megaprojeto que vai transformar, profundamente, a Luz e toda a zona envolvente. Numa cerimónia agendada para o estádio, às 18 horas, na qual estarão presentes Rui Costa, a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e diversos representantes da empresa Populous, responsável pelo conceito do projeto, em colaboração com o escritório de arquitectura Saraiva + Associados, será apresentado o Benfica District, um admirável mundo novo que, segundo os encarnados, elevará «a um novo patamar a vivência do clube e da sua afirmação nacional e internacional».
O plano de execução prevê o fim dos trabalhos em 2030, ano em que Espanha, Marrocos e Portugal organizam o Mundial.
O projeto, assinala o Benfica em comunicado enviado à imprensa, «resulta de um trabalho gradual que se intensificou nos últimos 18 meses e procura responder às necessidades de modernização e valorização do património do clube, às exigências das diversas modalidades, à ambição de gerar uma nova dinâmica de vivência do universo do clube e ao posicionamento do Benfica como referência global».















O projeto prevê a «modernização do Estádio da Luz e o reforço da oferta de recinto, comodidades e espaços públicos na zona circundante», que contribuirão, na perspetiva do Benfica, para a «sustentabilidade financeira do clube a longo prazo».
Estádio da Luz
No centro de tudo, claro, o ninho das águias. Será, pois, construída uma nova fachada, descrita como «fluída e dinâmica», que redefinirá a forma do estádio, «através de uma perspectiva contemporânea, moderando a luz e o calor, para proporcionar sombra aos átrios e melhorar o conforto dos espectadores».
O impacto visual é óbvio, apesar de se conservarem as vigas curvas do telhado. A fachada terá iluminação LED integrada, prometendo o Benfica «uma camada digital dinâmica» capaz de transformar o estádio «num farol» para os adeptos, além de permitir fácil adaptação a diferentes eventos, desde jogos de futebol a concertos.
«Além disso, será adicionado um novo quarto nível à infraestrutura, fora da arquibancada, proporcionando 6.800 metros quadrados de espaço de uso misto, que inclui a possibilidade de escritórios, oferta de hospitalidade premium com maior capacidade e instalações comerciais», lê-se no comunicado de Imprensa.
A capacidade irá aumentar, como previsto, para 70 mil lugares, com a primeira fase (68.100) já concluída.
Três novos pavilhões
O projeto Benfica District terá ainda maior impacto na área circundante ao estádio. Será tudo novo. Tudo o que foi edificado deixará de existir. E serão construídos três pavilhões. O maior será uma Arena Multiusos com capacidade para 10 mil lugares, na zona que hoje ocupa o Museu Cosme Damião, e algum espaço adjacente. Poderá acolher concertos, eventos culturais, eSports e, claro, jogos e eventos desportivos de diversas modalidades.
Na atual zona comercial, serão construídos dois novos pavilhões, com capacidade para 2.500 e 1.500 lugares, para as equipas de basquetebol, voleibol, andebol, hóquei em patins, futsal, boxe e restantes modalidades. Também uma nova piscina comunitária (25x25 m), um teatro com capacidade para 500 pessoas. E sobre estas infraestruturas, no terraço, um campo de futebol ao ar livre e uma pista de corrida.
Nova praça
Em frente à fachada principal, os sócios e adeptos terão à disposição um novo espaço de convívio, «sob a forma de uma praça», com capacidade para mais de 10 mil pessoas. Estará rodeada de estabelecimentos de restauração, lojas e restaurantes com esplanada. A estátua de Eusébio «será cuidadosamente transferida para a entrada principal da praça».
Hotel e museu
O Museu Benfica-Cosme Damião será relocalizado para uma nova zona que será edificada, hoje ocupada por parque de estacionamento. Nascerá aí também um hotel com 120 quartos, uma residência de atletas/estudantes com 100 quartos. Ao lado está prevista a construção de edifício de escritórios, da nova loja oficial e dos estabelecimentos de comércio.
Em marcha
O processo de licenciamento está previsto para novembro, depois das eleições, e o processo de execução para maio de 2026. Estima-se que a fase de construção seja iniciada em junho de 2027 e concluída em 2030, a tempo do Campeonato do Mundo.