Naval «Aos jogadores ia-se pagando, impostos ficaram para trás»
Um antigo contabilista da Naval contou ao Tribunal de Coimbra, esta terça-feira, que as dívidas do clube ao fisco deveram-se à crise do imobiliário, setor onde o então presidente, Aprígio Santos, que não esteve presente no início do julgamento, por motivos de saúde, tinha vários negócios.
«O clube deixou de ter capacidade para pagar os salários que pagava. Mas aos jogadores ia-se pagando, para poder inscrever a equipa. Os impostos ficaram para trás», explicou o ex-contabilista, que trabalhou na SAD da Naval de 2010 a 2013, referindo-se à quebra do ramo imobiliário que terá impossibilitado Aprígio Santos de injetar dinheiro no clube, com a descida de divisão em 2011 a provocar uma descida de receitas na ordem dos 50 por cento.
Aprígio Santos começou a ser julgado esta terça-feira por um crime de abuso de confiança fiscal de 860 mil euros, devido à não entrega de valores em dívida ao Estado relativos ao IVA e ao IRS, entre 2011 e 2013.
A próxima sessão está marcada para 12 de janeiro.