14 abril 2025, 06:45
A análise de Duarte Gomes à arbitragem: não houve penálti, apenas simulação
Um erro de análise num jogo com vários lances difíceis para análise
Lance de Otamendi e Jason penalizou árbitro da AF Leiria que teve 7.7, num máximo de 10. A BOLA explica porque é considerado insuficiente
O árbitro do Benfica-Arouca, António Nobre, teve nota negativa (ver explicação abaixo) no jogo da 29.ª jornada da Liga que decorreu no Estádio da Luz, no domingo e que terminou 2-2.
O juiz da AF Leiria foi nomeado para dirigir o duelo entre os encarnados e os arouquenses, numa partida que ficou marcada pelo lance que originou o golo do empate dos visitantes a uma bola, ao minuto 68 do encontro.
A polémica jogada envolveu os dois capitães, o do Benfica, Nicolas Otamendi, e o do Arouca, Jason Remeseiro e culminou numa grande penalidade convertida por Gulven Yalcin, quatro minutos depois de António Nobre ter assinalado penálti.
O VAR do encontro, Luís Godinho, chamou o juiz leiriense para reanalisar o lance, uma vez que considerou que a decisão de Nobre era errada e a prova de tal falha era clara nas imagens. O árbitro principal manteve a decisão inicial e isso levou a que a nota dada pelo observador fosse de 7.7 num máximo de 10. Ou seja, negativa.
O especialista em arbitragem de A BOLA, Duarte Gomes, explicou que Portugal segue o mesmo parâmetro da UEFA. Ou seja, uma nota abaixo de 8 é negativa e que uma de 8.5 requer justificação por parte de quem avalia o desempenho dos árbitros. Para se ter um 9 é preciso ter em conta vários fatores, um deles o grau de dificuldade de um jogo.
14 abril 2025, 06:45
Um erro de análise num jogo com vários lances difíceis para análise
Os árbitros começam por norma um jogo com uma nota de 8.3, mas um 9, para se ter uma ideia, é quase apenas e só contemplado a clássicos com vários casos e em que o árbitro decide bem. E sem ajuda do VAR.
Porquê? Para se perceber, tem de se acrescentar àquele esclarecimento de Duarte Gomes que quando um árbitro é chamado pelo VAR e muda uma decisão, essa nota desce logo para 8. Quando o árbitro decide manter a decisão, apesar de chamado pelo VAR, e o observador considera que ajuizou mal o lance - dando razão à intervenção do VAR - a nota baixa logo para 7.7.
No fundo, António Nobre teve uma nota insuficiente (o tal 7.7) porque primeiro assinalou penálti e não era (de acordo com o observador); depois porque chamado pelo VAR não corrigiu a decisão e, por fim, porque, como consequência, não deu amarelo ao jogador que fez simulação.
O jogo viria a terminar com um 2-2, com Pavlidis a marcar pelos encarnados e Wenderson a igualar na compensação do duelo, o que resultaria na perda da liderança isolada do Benfica – está com os mesmos pontos que o Sporting, mas com desvantagem no confronto direto antes do duelo de ambos, no Estádio da Luz, dia 10 de maio, na penúltima jornada da Liga 2024/25.
No final do encontro com o Arouca, os encarnados emitiram um comunicado no qual contestaram a decisão de António Nobre no lance de Otamendi e Jason e ainda um entre Eduardo Quaresma (Sporting) e Matheus Pereira (Santa Clara) na véspera, no jogo que opôs os leões aos açorianos em Ponta Delgada e que terminou com vitória verde e branca por 1-0.
«O Sport Lisboa e Benfica expressa profunda preocupação em face dos episódios graves vividos nesta jornada em termos de arbitragem. Nos Açores, um penálti claro contra o Sporting foi ignorado. Na Luz, um penálti inexistente foi marcado contra o Benfica», afirmaram as águias.
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Mas claro que para os sportinguistas foi “rasteira com a cabeca " . Tudo pessoal isento, claro . A começar pelo árbitro deste jogo , sportinguista ferrenho , sem capacidade para decidir de forma imparcial, como a sua profissão exigiria… Nada que espante, no fundo. Afinal de contas controlar o Conselho de Arbitragem sempre compensou. Já Pinto da Costa o sabia e o praticou décadas a fio, com excelentes resultados…