Abre-se uma janela para o regresso de Félix ao Benfica

Abre-se uma janela para o regresso de Félix ao Benfica

INTERNACIONAL21.11.202318:00

Seca de golos e quebra de rendimento no Barcelona deixa Atlético Madrid em desespero quanto ao futuro próximo do jogador. 'Colchoneros' duvidam que, se o português continuar em quebra, catalães paguem por ele 70 milhões de euros no fim da época, não desejam tê-lo de volta e vêm um empréstimo às águias com bons olhos…

A hipótese de ver João Félix novamente de águia ao peito pode vir a ser uma realidade já em 2024/2025, mesmo que, por agora, seja possibilidade remota. Mas, sem mais demoras, passemos aos factos que podem tornar viável essa possibilidade.

Apesar de ter protagonizado um bom início de temporada no Barcelona, João Félix vive uma quebra de rendimento que, mais do que preocupar o próprio gigante catalão, está a fazer soar os alarmes na fortaleza colchonera

A seca de golos e de assistências (e, já agora, de boas exibições) que o internacional português atravessa nos blaugrana dura há dois meses – desde meados de setembro que não marca, somando apenas uma assistência nos 10 jogos disputados pelo Barça desde então – e começa a levar ao desespero os responsáveis do Atleti, que, perante tão baixos níveis de performance, vêm crescer no seu seio as dúvidas sobre se o Barcelona estará disposto a pagar no fim da época os 70 milhões de euros clausulados.

Foto Imago

Este é um dos lados da moeda. E o outro não se apresenta mais reluzente. É que, perante o histórico de rendimento, de algumas polémicas e de episódios demonstrativos da deterioração da relação de João Félix com o treinador dos colchoneros, Diego Simeone, o regresso do atacante português ao emblema de Madrid não consta dos planos, é até indesejado pela generalidade da estrutura, desconfiada que está que o próprio jogador esteja igualmente longe de querer esse desfecho.

Atenta a tudo o que envolva este dossier, sempre tão sensível, e sabendo que a ligação contratual do extremo de 24 anos se estende até junho de 2029 (e com cláusula de rescisão de 350 milhões de euros!), a direção do emblema da capital espanhola, em estreita conexão com as ideias da sua equipa técnica, começa já a desenhar como potencial cenário para o futuro próximo um novo empréstimo de Félix, repetindo as opções tomadas em janeiro deste ano, com cedência de seis meses ao Chelsea (20 jogos, 4 golos, zero assistências) a troco de 11 milhões de euros, e em setembro, com a saída válida por um ano para o Barcelona (14 jogos, 3 golos e 3 assistências).

Relação com Diego Simeone nunca foi fácil (foto Imago)

O mercado de Félix, porém, é hoje substancialmente mais reduzido do que no final da temporada 2018/2019 quando, com apenas 19 anos, conquistou no Benfica o título de campeão nacional, contribuindo com 20 golos, e levou o Atlético Madrid a pagar por ele 127 milhões de euros, valor que bateu todos os recordes de transferências em Portugal. As crises que viveu no Atlético, aliadas às quebras de rendimento nos blues de Londres e, sobretudo agora, no Barça, acabam por elevar o gráfico de risco na análise de potenciais investidores. E é aqui que os colchoneros verão com bons olhos a possibilidade de abrir a médio prazo a janela, quiçá até mesmo a porta, a negociações com o clube liderado por Rui Costa.

A BOLA sabe que da parte do Benfica a disponibilidade para o regresso do filho pródigo é total, mas… só em condições muito especiais, isto é, só com uma grande abertura por parte do jogador viseense, do seu agente e do próprio Atlético Madrid o negócio de empréstimo pode aproximar-se do plano da realidade. Ou seja, as águias de Rui Costa estão abertas a ter João Félix novamente no plantel, mas nunca ficando com o ónus do pagamento total do seu ordenado.

Certo é que a hipótese é, hoje, mais do que mera miragem, embora a luz que já se vê ao fundo do túnel tenha forte ligação com a conjuntura atual. Isto é, naturalmente, tudo pode mudar num ápice, João Félix, tal como quebrou, pode reerguer-se e arrancar para uma segunda fase de época de alto nível, recuperando o interesse catalão na sua aquisição em definitivo. Isto ao mesmo tempo que o orçamento das águias para a próxima época dependerá da posição final na Liga portuguesa, sabendo-se que só o primeiro classificado garante lugar direto na fase de grupos da Champions.