A história do golo validado à Fiorentina pelo relógio do árbitro... que o VAR anulou

Liga Conferência A história do golo validado à Fiorentina pelo relógio do árbitro... que o VAR anulou

INTERNACIONAL24.02.202308:24

Caldo entornado com a suposta fiabilidade tecnológica do equipamento que visa confirmar se a bola ultrapassou ou não na totalidade a linha de golo. O minuto 48 do jogo entre SC Braga e Fiorentina já está a dar muito que falar e reavivou a discussão. Mas vamos aos factos.


O avançado Arthur Cabral rematou à baliza, Tiago Sá atirou-se para o seu poste esquerdo e pareceu deter a bola sem esta ultrapassar completamente a linha de golo. Mas em poucos segundos, graças à tecnologia, o relógio no pulso direito do árbitro francês Benoit Bastien pareceu resolver as dúvidas que a olho nu não tinham sido esclarecidas: vibrou, deu indicação de golo no ecrã e o juiz, imediatamente, fez sinal a validar o lance, provocando a satisfação dos jogadores da Fiorentina, convencidos de que tinham feito o 2-2. O VAR foi rever o lance e pediu a Benoit Bastien para esperar.


Foram longos seis minutos, mas nem assim concludentes, porque o árbitro francês foi depois consultar as imagens. E aquelas a que teve acesso, e que foram mostradas na transmissão do jogo, não davam certezas quanto à bola ter transposto a linha de golo, isto apesar do veredicto tecnológico. Certo é que, visto e revisto o lance, o árbitro reverteu a decisão e anulou o golo.

Mas na transmissão televisiva, no segundo seguinte, foram para o ar imagens 3D em que se via a bola  para lá da linha de golo e a mensagem a confirmar: golo. Em que ficamos, então? Falhou a tecnologia? Falhou a confiança nela? A UEFA deverá explicar-se em breve.

«Acho que vai dar problemas...»
«Acho que vai dar problemas. O árbitro disse que deu golo no relógio. Estava muito próximo e deu-me a impressão que a bola não tinha entrado», analisou Paulo Oliveira, central que esteve envolvido na jogada polémica, que observou ainda: «É uma tecnologia que se calhar ficou aquém porque deu golo no relógio e depois, afinal, verificou-se que a bola não tinha entrado. É uma coisa a rever pela FIFA, mas isso cabe às pessoas responsáveis.»


Rodrigo Gomes pronunciou-se apenas relativamente à partida. «Tivemos uma entrada muito boa e conseguimos marcar dois golos, o que não é nada fácil aqui.  Mas o jogo define-se no lance em que sofremos o primeiro golo. Eles marcaram e ganharam ânimo», sublinhou, finalizando sobre o seu desempenho: «Dei o melhor e vamos ver o que vai acontecer daqui para a frente.»