50.ª meia-final em Fukuoka

Natação 50.ª meia-final em Fukuoka

NATAÇÃO01.08.202312:10

Olhando para o historial da Seleção nas 18 participações em campeonatos do mundo de piscina longa, a estreia de Diogo Ribeiro no 20.º Mundial de Fukuoka veio, afinal, ampliar bem mais os números de Portugal no evento para além do nadador do Benfica ter conquistado a primeira medalha do País ao ser prata nos 25 mariposa e ter sido apenas o terceiro finalista individual depois de Alexandre Yokochi nos 200 bruços (5.º) em Madrid-1986 e Ana Barros nos 50 costas (8.ª) em Perth-1991. Aos quais se junta a estafeta de 4x50 livres (7.º) composta por Paulo Trindade, Paulo Camacho, Diogo Madeira e Artur Costa, também em Perth-1991.

Como já foi aqui escrito, aos 18 anos Diogo conseguiu ser semifinalista em todas as quatro provas individuais  - 50 (13.º) e 100 livres (10.º), 50 (7.º) e 100 mariposa (13.º) - como também contribuiu que o quarteto de 4x100 estilos acabasse com uma posição de semifinalista (16.º) quando, nas eliminatórias, bateu o recorde nacional, pois estas provas são de qualificação direta.

Ora, desta forma, Ribeiro tornou-se no único nadador luso a chegar a quatro semifinais individuais numa só edição do campeonato e a ter, através da estafeta, outro lugar de top 16.

Superou as quatro meias que José Couto obteve repartidas por: Perth-1998, 200 bruços (16.º); e Fukuoka-2001, 50 (15.ª), 100 (11.ª) e 200 bruços (10.º).

Como, anos mais tarde, as quatro posições de top 16 alcançadas por Diogo Carvalho em Xangai-2011 (12.º 200 estilos, 14.º 300 estilos), Barcelona-2013 (15.º 200 estilos) e Kazan-2015 (16.º 200 estilos), podendo neste caso também juntar o 13.º lugar a estafeta de 4x200 livres – com César Faria, Jorge Maia e Fábio Pereia – em Roma-2009.

Com esta estafeta, e apenas com ela, o olímpico do Galitos de Aveiro  passa Couto e iguala a quantidade de posições top-16 de Ribeiro. Mas, claro está, apenas na quantidade, não a qualidade das classificações das mesmas.  

Recorde-se que houve uma altura em que não havia meias-finais e os 16 melhores eram divididos entre finais A (top 8) e B (9.º ao 18.º). Aí Yokochi soma uma semifinal ao ter sido 12.º aos 200 bruços em Guayaquil-1982 e outra quando, ainda em Madrid-1986, também fez parte da estafeta de 4x100 estilos, juntamente com Pedro Soares, João Santos e Sérgio Esteves, que alcançaram o 15.º lugar.

No sector feminino é Diana Durães a única, até hoje, a conseguir atingir quatro posições de semifinalista com as prestações em Budapeste-2017 (13.ª 400 livres e 800 livres) e Budapeste-2022 (11.ª 1500 livres e 15.ª 800 livres). Mas, também no seu caso, com a estafeta de 4x200 livres em Gwangju-2019 (14.ª, com Ana Monteiro, Victoria Kaminskaya e Tamila Holub), chega à quinta.

Outros dois factos a registar em Fukuoka-2022: Portugal igualou o máximo de meias-finais: 8. Até então apenas acontecera em Gwangju-2019, mas aí com uma seleção de 10 elementos. Agora competiram oito.

E no Japão, a Seleção assinalou a 50.ª meia-final - ou top 16 nas provas de apuramento direto - do seu historial das quais 41 são individuais.

Isto num momento em que Diogo promete que as finais passem a ser mais regulares e não se tenha de voltar a esperar 32 anos para ter um finalista e, se tudo correr bem, 50 para que surja outra medalha desde a 1.ª edição Belgrado-1973.