Benfica Morato tem estatuto reforçado na Luz

O Fulham propôs ao Benfica pagar €25 milhões em cinco tranches de €5 milhões durante quatro anos pelo passe de Morato, mas as águias recusaram o negócio.

O clube de Craven Cottage formalizou uma oferta a 21 de julho junto da SAD, na qual se comprometia ainda a pagar o mecanismo de solidariedade da FIFA.

O documento, a que A BOLA teve acesso, foi o último a chegar à Luz com proveniência do clube treinado por Marco Silva, mas foi na realidade a quinta proposta efetuada pelo central brasileiro, num valor que foi subindo à medida de cada recusa.

O Fulham chegou a acreditar que os €25 milhões iriam convencer o campeão nacional português a libertar um jogador que não é um titular absoluto, mas a intransigência de Roger Schmidt prevaleceu: Rui Costa foi sempre sensível ao pedido do treinador para não não deixar sair o defesa de 22 anos.

ESTATUTO REFORÇADO

Este terá sido até agora o dossiê mais difícil de gerir no que diz respeito à gestão de expectativas porque a proposta para o esquerdino era tentadora, já que iria ganhar quatro vezes mais.

O tema ficou, assim, fechado (o Fulham já virou entretanto a agulha para Calvin Bassey, do Ajax), e o reforço do cadeado deu-se com a saída de Lucas Veríssimo para o Corinthians, por empréstimo, porque é menos uma opção para o centro da defesa e, por outro lado, uma forma de dizer que os eleitos para o setor estão escolhidos: Otamendi e António Silva formam a dupla titular, mas com Morato a assumir um estatuto bem acima do quarto elemento da hierarquia — Tomás Araújo e João Victor disputam a posição e resta saber que critérios levarão o técnico alemão a decidir entre o português e o brasileiro.

Certo é que no que respeita a Morato, a recusa de €25 milhões por parte das águias reforça a posição de um central adquirido ao São Paulo em 2019 por 7,5 milhões de euros e que tem uma cláusula de rescisão de €100 milhões e contrato válido até 2027.