FC Porto O relatório que Conceição entregou a Pinto da Costa

Sérgio Conceição já entregou a Pinto da Costa o relatório do balanço da última época bem como as linhas de orientação sugeridas à SAD para fazer um ataque assertivo e cirúrgico ao mercado, sempre numa lógica de fortalecer o plantel com mais-valias, um ponto sensível na medida em que os azuis e brancos têm primeiro de vender ativos para ter fluxo financeiro que lhes permita atacar os alvos desejados pelo treinador. E é aqui que as coisas travam a fundo, razão pela qual nos últimos não houve avanços nesta matéria.

Oficiosamente, o FC Porto tem um jogador contratado para a próxima temporada, Fran Navarro, atacante espanhol do Gil Vicente, que só deverá ser oficializado em julho. E se não há mais nomes isso deve-se, simplesmente, a essa espera por ‘caixa’. Pinto da Costa e estrutura da SAD têm agora a exata noção do que o treinador pretende para manter a equipa no caminho dos troféus - foram três em quatro possíveis no plano nacional, na época passada.

Os outros alvos terão de esperar por transferências, sendo público que a SAD tem necessidade de fazer mais-valias na ordem dos €50 milhões até ao final do mês, confiando (ainda) que Diogo Costa será o jackpot que permitirá atingir essa meta, apesar do aparente afastamento do Man. United, clube que convocou o agente de Onana para uma primeira reunião destinada a falar sobre uma possível transferência do guarda-redes do Inter.

Chelsea e Bayern têm sido apontados como possíveis destinos para o número 99, mas como A BOLA noticiou, nenhum deles mostrou até agora abertura para pagar de uma só vez a cláusula de €75 milhões do guardião. É justamente por essa razão que, na sombra. o FC Porto trabalha num plano alternativo, com ativos também valiosos e com mercado como Otávio, Pepê e Galeno. Mas também estes só sairão pelo valor da cláusula, como Pinto da Costa tem sistematicamente sublinhado.

O relatório de Sérgio Conceição é muito específico sobre o perfil e enquadramento dos reforços para a nova época e qual deve ser a estratégia de recrutamento do FC Porto, contudo, a sua execução está dependente de dinheiro fresco. Há outros pontos que constam do relatório, como a planificação dos trabalhos de pré-época, o local do estágio (o Algarve deverá ser de novo escolhido) e as datas dos jogos particulares, sendo que os primeiros ensaios serão no Olival.

O plano de Conceição começou a ser desenvolvido em conjunto com os seus adjuntos assim que terminou a temporada, como tem sido habitual desde que é treinador da equipa, e mesmo num período em que o seu nome era apontado para vários destinos e clubes o documento foi concluído num quadro de absoluta normalidade.

Nem podia ser de outra forma: ainda que a saída fosse a dada altura equacionada, desde que os interessados pagassem a cláusula de €18 milhões e tivessem um projeto para lutar pela Champions, Conceição nunca deixaria trabalho por fazer. Até porque a outra parte da equação admitia, como é o caso, que se mantivesse no projeto pelo menos até ao final do seu contrato, em 2024.