Lembra-se quando João Félix foi assobiado numa chegada a Gaia... estará de volta a clubite doentia?

Seleção Lembra-se quando João Félix foi assobiado numa chegada a Gaia... estará de volta a clubite doentia?

SELEÇÃO19.06.202309:56

Depois dos insultos a João Félix nos arredores do Porto em 2019 e dos apupos a João Mário em Alvalade em março passado, agora foi a vez de Otávio ser alvo de ruidosa assobiadela quando, anteontem, na Luz, com a camisola de Portugal vestida, entrava para os instantes finais do duelo com a Bósnia. Estará de volta a clubite doentia que, nas últimas duas décadas, parecia arredada do contexto de Seleção?


Se a resposta à pergunta é sim ou se é não, saberemos nos próximos capítulos dos jogos em casa. E embora o seguinte seja no Estádio Algarve, com o Luxemburgo, a 11 de setembro, seguem-se os desafios com a Eslováquia, a 13 de outubro, no Dragão (estará o episódio de anteontem com Otávio esquecido?), e com a Islândia, a 19 de novembro, em Alvalade.


Certo é que a situação se tem repetido de jogo para jogo e começa, por isso, a ganhar contornos de uma certa regularidade que não augura nada de positivo.


Como se viu nos dois últimos jogos da Seleção, com João Mário, do Benfica, a ser assobiado no momento em que entrava no Portugal-Liechtenstein (4-0), de 23 de março, em Alvalade - o facto de ter entrado a 1 minuto do fim terá estado na origem da sua renúncia à equipa nacional - e com Otávio, a ser alvo de iguais apupos anteontem na Luz.

Também João Félix viveu situação difícil, embora com contornos diferentes: o antigo jogador do Benfica foi insultado por adeptos quando chegava de automóvel - alguns presentes chegaram mesmo a bater nos vidros da viatura - a uma concentração da Seleção num hotel em Vila Nova de Gaia, em novembro de 2019.


Com efeito, parte importante do sucesso da Seleção Nacional nos últimos anos - campeã da Europa em 2016, finalista do Euro-2004, 4.ª classificada no Mundial-2006, semifinalista do Euro-2012 - teve na sua base uma união real do País em torno da equipa - quem não se lembra das bandeiras nas janelas? Ajudava, decerto, nesse período, também o facto de uma grande maioria dos convocados atuar em clubes de ligas estrangeiras…