Canoagem «Em termos mentais e físicos sou dos mais fortes que existe à face da Terra»

Fernando Pimenta sai dos Mundiais de Duisburgo, na Alemanha, com um ouro (K1 1000), uma prata (K1 5000) e um bronze (K1 500).

A prova mais longa incluía 5 portagens (um percurso em terra, a correr com o caiaque na mão) e o defrontar de um especialista que acabou por ganhar,  o dinamarquês Mads Pedersen.

Pelo que se impôs a questão colocada pela RTP3. Difícil fazer melhor? Ao seu estilo, Pimenta disparou.

«Não, não era, mas há aqui especialistas. Como viram larguei de uma ponta, desgastei-me bastante para estar na frente na primeira rodagem, tentei sempre ir num ritmo forte, o dinamarquês é especialista, tentei acompanhar, fugia e eu apanhava, mas às tantas já estava com água dentro do caiaque e não quis arriscar, tinha medo de cair, e vem aí o mundial de maratonas, vamos ganhar na casa dele [o dinamarquês], para a desforra», soltou.  

«Tenho muita capacidade e resiliência. Em termos mentais e físicos sou dos mais fortes que existe à face da Terra. Não tenho medo de qualquer tipo de desafios. Se me dissessem fazia 200 km de bicicleta hoje, ou se me mandassem correr uma maratona corrida eu fazia, não tenho limites, não tenho data de validade, estou cá para as curvas», disse, dando os parabéns à dupla João Ribeiro e Messias Batista, que mais cedo se sagraram campeões mundiais em k2 500m: «Sei bem o que eles sentem.»

O canoísta deixou ainda palavras de apreço para Emanuel Silva: «É talvez o último Mundial do meu colega Emanuel Silva, pensei muitas vezes nele apesar momentos maus. Espero que o saibam homenagear, foi meu parceiro na minha primeira medalha olímpica.»