Parada de estrelas

Volta a Espanha Parada de estrelas

MAIS DESPORTO25.08.202302:32

Em perspetiva a Volta a Espanha mais competitiva e mais rijamente disputada dos últimos anos, autêntica parada de estrelas em que se contam vencedores de dez grandes voltas – Itália, França e Espanha – e das últimas quatro, que se apresentará à partida da edição 2023, em Barcelona, este sábado.

À cabeça deste elenco de luxo, o imprevisto duo da equipa Jumbo-Visma, Primoz Roglic e Jonas Vingegaard, ganhadores de seis grandes voltas, incluindo, o primeiro, de três Vueltas, o que o faz recordista na competição em igualdade com o espanhol Roberto Heras.

O esloveno, que acrescenta um triunfo no Giro, este ano, pode tornar-se único no palmarés da maior corrida do país vizinho a chegar ao quarto êxito. Todavia, Roglic, que perdeu essa possibilidade – que seria o tetra - na edição de 2022 da Vuelta devido a queda, poderá ter no seio da sua equipa o maior adversário, Jonas Vingeggard.

O dinamarquês é tão só o vencedor dos últimos dois Tour e que anunciou a presença em terras espanholas já depois de se consagrar nas francesas pela segunda vez consecutiva, impondo-se uma vez mais a Tadej Pogacar, o principal ausente na constelação que dará as primeiras pedaladas a partir de amanhã, em Barcelona, com um contrarrelógio coletivo.

Vingegaard fará com Primoz Roglic, na liderança a todo-poderosa Jumbo-Visma, a parceria mais forte em grandes voltas nos últimos tempos, motivando justificado respeito do lote de potenciais rivais, mesmo que também forte e consagrado.

Desde logo, com o defensor do título, Remco Evenepoel, por sobejas razões considerado um dos principais candidatos a envergar a derradeira camisola vermelha, em Madrid, no dia 17 de setembro. O belga, campeão mundial de fundo em 2022 e de contrarrelógio em 2023 (recentemente, em Glasgow), parte para a sua segunda grande volta esta temporada, após desistência no Giro devido a infeção de covid-19. Líder único na Soudal-Quick Step, o jovem prodígio, de 23 anos, tem no percurso mais montanhoso do que o da última edição handicap face a concorrência de mais fortes trepadores.

Nesta inclui-se, com três grandes voltas no bornal, a dupla da Ineos Grenadiers, Geraint Thomas (Tour 2018) e Egan Bernal (Tour 2019 e Giro 2021), em segunda linha de favoritismo, com o britânico a mostrar vitalidade tardia na carreira (foi 2.º no último Giro, à frente de João Almeida), mas o colombiano ainda a tentar recuperar o seu melhor nível após o grave acidente sofrido no início de 2022.

Ainda no extenso grupo de elite nesta Vuelta, também à espreita da oportunidade entre os líderes na bolsa de apostas (Roglic, Vingegaard e Evenepoel), encontra-se a chefia partilhada da UAE Emirates, por João Almeida e Juan Ayuso. O português com a quinta posição na estreia na Vuelta em 2022 e a terceira no Giro já este ano como referências, e o espanhol com surpreendente pódio na estreia na corrida do seu país, aos 19 anos. Na equipa árabe, Rui Oliveira terá a função de gregário.

Por fim, o também espanhol Enric Mas, que ao comando da Movistar beneficiará do apoio dos portugueses Ruben Guerreiro e Nelson Oliveira. Na numerosa representação lusa, ainda Rui Costa e André Carvalho, em caça de etapas na IntermarchéWanty e na Cofidis, respetivamente.