ADoP fez controlos antidoping fora de competição

Volta a Portugal ADoP fez controlos antidoping fora de competição

MAIS DESPORTO21.08.202323:53

Durante a edição 84 da Volta a Portugal, que terminou no último domingo, em Viana Castelo, com a vitória do suíço Colin Stussi (Vorarlberg), a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) desenvolveu controlos antidoping fora de competição - além dos controlos regulamentares efetuados no final de todas as etapas - que chegaram a ser de sete por dia. Segundo a Bola apurou, a ADoP contou com a disponibilidade de ciclistas, diretores desportivos e restante staff das equipas.

A corrida portuguesa foi competitiva, com claro equilíbrio de forças ao longo das 10 etapas. A subida ao Alto da Torre, a etapa da Guarda, a ascensão à Serra do Larouco e Senhora da Graça, a que se junta o contrarrelógio em Viana do Castelo, confirmaram que não existiram diferenças significativas que sentenciassem a corrida muito antes de terminar.

Existiu credibilidade, sustentada na Operação Prova Limpa, o que não quer dizer que não possam existir algumas ramificações implantadas com raízes de um passado recente. O doping é como as ervas daninhas, que conseguem por algum tempo resistir aos tratamentos de disseminação mais profundos.

Por outro lado, enquanto se aguardam pelas decisões disciplinares e jurídicas sobre a Operação Prova Limpa desencadeada 24 de abril de 2022 pela Autoridade Antidopagem (ADoP), Ministério Público, Polícia Judiciária e outras entidades oficiais que irão levar inevitavelmente a profundas alterações nos vencedores das Voltas a Portugal dos últimos anos e mexidas nos lugares dos pódios entre 2018 e 2022 (até ao momento a UCI na sanção aplicada a João Rodrigues, considerou válido o triunfo do ciclista algarvio em 2019), quanto aos restantes a situação encontra-se em avaliação por parte da Federação Portuguesa de Ciclismo e UCI, que tentarão e enquadrar  na legislação vigente soluções alternativas.

Segundo A BOLA apurou, é bastante remota a possibilidade de não existirem vencedores como aconteceu na Volta a França com Lance Armstrong, ao qual foram retiradas pela USADA (Agência Antidopagem Americana e pela UCI, as sete vitórias conseguidas entre 1999 e 2005.