Um novo desafio
Esta semana ficou marcada pela transferência de Ronaldo para a Juventus. Nesta altura da carreira, e com o que conseguiu no Real Madrid, é de enaltecer a procura de mais um desafio. E que desafio! Na verdade, em 9 anos no Real, CR7 realizou 438 jogos, marcou 450 golos, efectuou 120 assistências, ajudou a vencer 16 títulos, sendo que nos últimos 5 anos a equipa venceu 4 Champions. (Re)começar na Juve, com a expectativa que naturalmente está criada, é um desafio fantástico, mas enfrentado por poucos. Cómodo era tomar decisão diferente. Mas nesse caso não haveria desafio, o que na verdade é muito importante num jogador desta dimensão. Dias antes tivemos outro exemplo, LeBron James foi anunciado como jogador dos Lakers. Quer um quer outro têm 33 anos, cerca de um mês de diferença entre ambos, e o que os continua a mover é um novo desafio. Repito, fácil era jogar na mesma equipa ou mudar para um nível competitivo inferior. A exigência assim continua máxima e é disso que eles se alimentam.
O centro do jogo serão sempre os jogadores, e os grandes jogadores influenciam as relações de mercado. Ninguém fica indiferente. A expectativa criada não permite falhas, todos esperamos o mesmo nível dos anos anteriores. Contudo, são os próprios jogadores que colocam a fasquia a esse nível, a exigência que colocam a si próprios obriga-os a um empenhamento máximo. O seu foco é o sucesso imediato, não há tempo para adaptações, há competição. E para ganhar sempre!
Todos os projectos, a este nível, têm como objectivo vencer. Esta é a altura mais importante da época desportiva, tomamos decisões fundamentais para o futuro da equipa. Depois podem-se fazer uns retoques, mas a estrutura é criada entre épocas. Quando se decide mal nesta altura, por norma não se consegue atingir o sucesso em Maio do ano seguinte. Mas é mais fácil fazer equipas de sucesso com jogadores de grande nível. A exigência e a pressão fazem parte do jogo. E os grandes gostam disso!