Treinador de Elite

OPINIÃO21.10.202107:00

Onde o treinador vai para além da tática, da inteligência emocional, da liderança (ou da bola)

C HEGOU aos escaparates por estes dias. Escrito por Jerry Silv, tem por título: Treinador de Elite: Quem és?  Da sua introdução, solta-se o brado:
- Eu me confesso agnóstico do sucesso por acaso…
 Não tarda a perceber-se que é mesmo assim e pelo caminho vão-se encontrando, surpreendentes ou não, enormes nomes (e ainda maiores reflexões), por exemplo, Jorge Valdano a notá-lo:
- Os grandes líderes acreditam em si acima de qualquer receita e com essa força interior transmitem e contagiam…
Tinha acabado de lê-lo quando me pus a ver o Besiktas-Sporting e num ápice vi o Rúben Amorim dentro do Valdano - e nas páginas que se lhe seguiam. E ao Sérgio Conceição também. Adiante tropecei com o Arsène Wenger:
- Uma equipa é tão forte quanto os relacionamentos dentro dela
e a imagem dessa força lá estava no FC Porto-AC Milan como estivera no modo como Amorim pusera a sua equipa em jogo. Ainda melhor o percebi lá para a frente no brado de Alex Fergusson:
- No futebol, um treinador pode dar-se por feliz se tiver um jogador de classe mundial na equipa; a maioria dos clubes não se pode dar a esse luxo. No entanto, mesmo esses podem ter em campo equipa muito boa. Harmonizados, 11 bons jogadores podem garantir uma equipa que é mais do que a soma das suas partes…  
Pelo caminho, apareceu-me Béla Guttmann em clamor a insinuar-se na eternidade que agarrou para lá das Taças dos Campeões que ganhou no Benfica:
- Quando via alguma coisa boa no futebol, roubava-a imediatamente e guardava-a para mim próprio. Ao fim de algum tempo, fabriquei um coquetel com essas guloseimas roubadas…
 e à espera do Bayern-Benfica fiquei a deliciar-me com demais guloseimas por mim roubadas do livro - do Mourinho ao Bielsa, do Guardiola ao Cruyff, do Simeone ao Van Gaal, do Pedroto ao Michels, do Busby ao Paisley, do Robson ao Klopp, do Tuchel ao Queiroz (& mais...)