SLB: época para esquecer ou lembrar?

Parabéns ao SC Braga, vencedor da terceira Taça de Portugal da sua história, em ano de centenário. Carvalhal é mesmo grande treinador

E agora, Benfica? E agora, Jorge Jesus? A lei de Murphy vingou na Luz, e tudo o que podia correr mal, ao longo do ano, correu ainda pior. Culpas próprias (a maior parte das  vezes) e alguma má fortuna (muito Covid, concentrado no tempo), explicam o falhanço de um investimento faraónico, que deixa o edifício encarnado completamente à mercê do que vier a acontecer na pré-eliminatória da Champions. Já o tinha escrito antes desta derrota encarnada na final da Taça de Portugal, mas o insucesso de ontem, em Coimbra, dá força à tese: o defeso do Benfica vai ser escaldante.

V ITÓRIA inesperada do Lille, onde jogam quatro portugueses - os campeões da Europa José Fonte e Renato Sanches, e Xeka e Tiago Djaló -, na Liga francesa,  numa reedição do conto de fadas do Leicester de Ranieri na Premier League. O poder financeiro do PSG não foi suficiente para garantir o título, numa demonstração cabal de que não são os orçamentos que, por mais que ajudem, não ganham, por si só, as competições. Quando um underdog como o Lille vence um campeonato de um dos Big Five, fica nítida a ideia de que nunca se pode subestimar o mérito desportivo no futebol europeu.

A investigação da Polícia Judiciária às análises Covid-19 feitas a jogadores do FC Porto surpreendeu, não só pela matéria inovadora que alegadamente está em causa, mas também pelo alto perfil dedicado ao caso, traduzido pelas intervenções de responsáveis de topo daquela polícia criminal. Aliás, desta feita ficou implicitamente assumido que a PJ esteve à espera do fim do campeonato para dar os passos públicos necessários à prossecução dos trabalhos. Neste, como em todos os outros casos que se colocam ao nível da chamada justiça comum, o que for, será, dependendo a velocidade, dos meios da investigação alocados. Para o radar da Opinião Pública fica mais um caso sob observação atenta…

A Juventus vai participar na próxima edição da Liga dos Campeões, após vitória em Bolonha, conjugada com um mais do que surpreendente empate caseiro do Nápoles, frente ao mediano Verona. Ronaldo ficou no banco e não é difícil prognosticar borrasca da grossa a caminho, nas relações entre o astro madeirense e a Vecchia Signora. Um adeus português?

ÁS — Carlos Carvalhal

A conquista da Taça de Portugal coloca Carvalhal, um dos grandes técnicos da atualidade, na história do clube onde nasceu para o futebol. Em ano de centenário, os arsenalistas, que não foram capazes de lutar pelo título, marcam esta temporada com duas finais e uma entrada direta na Liga Europa. Bem bom.

ÁS — Magnus Andersson

O FC Porto, treinado por Magnus Andersson, que possui uma equipa de nível internacional, sagrou-se campeão nacional de andebol pela 22.ª vez, vencendo os 28 jogos que leva a competição. Sublime a homenagem sentida ao extraordinário Alfredo Quintana, prematuramente desaparecido.

ÁS — FernandoTavares

Luís Filipe Vieira é o presidente do clube, Filipa Patão a treinadora e os golos no dérbi decisivo para a atribuição do título nacional foram marcados por Nycole, Cloé e Kika. Porém, a força motriz do futebol feminino no Benfica tem rosto, trata-se do vice-presidente Fernando Tavares. Honra ao mérito.