Sete jogos em 20 dias
1 - Ontem em Alvalade Sporting e Futebol Clube do Porto empataram num jogo que teve uma boa primeira parte . Quarenta e cinco minutos repartidos e com um final em que o VAR reverteu uma grande penalidade assinalada pelo árbitro. O que se viu foi um Sporting de Rúben Amorim em clara construção e a que vale a pena estar atento. E, com bons golos, vimos um Futebol Clube do Porto em reconstrução mas sem perder a identidade que evidenciou na época passada. Diria que foi um empate justo. E acrescento que por Espanha não foi um dia nada rosa para Real de Madrid e Barcelona. Numa semana em que no meio de contradições no seio das decisões sanitárias em Portugal o rosa em português lidera o Giro!
2 - Após esta segunda pausa para as seleções nacionais, e com realce para a exibição de Diogo Jota frente à Suécia, arrancou ontem o primeiro dos ciclos exigentes que os três clubes portugueses que resistem, e bem, na Europa do futebol têm de enfrentar . Este primeiro, diria que o da mudança de hora, termina no segundo fim de semana de novembro com a realização da sétima jornada da Liga ainda NOS. E tendo havido a terceira jornada da fase de grupos das Ligas dos Campeões e Europa. Aqui com a particularidade de nos primeiros jogos que as equipas portuguesas fazem nos seus Estádios eles serem considerados pelas autoridades sanitárias como «jogos testes» e com a possibilidade de ser ocupada 15% da lotação dos três estádios . Ou seja, depois dos jogos da nossa seleção em Alvalade e também dos jogos efetuados em Viseu e em Santa Maria da Feira terem tido público - sem que haja notícia de qualquer incumprimento -, temos a notícia do regresso do público adepto aos grandes palcos... europeus. Acredito que amanhã, na anunciada reunião entre a DGS e a Liga Portugal, serão criadas as condições, desde logo por uma questão de coerência , para o regresso de público, limitado, aos diferentes Estádios das competições profissionais. Como também a Federação Portuguesa de Futebol e as Associações Distritais e Regionais de Futebol tudo farão para lutar pelo regresso dos diferentes públicos aos diversos e plurais espaços desportivos de Portugal. Agora, no fim de semana de 22 de novembro se realizará a primeira eliminatória da Taça de Portugal em que participam as principais equipas do futebol português. Para já com os jogos de ontem tivemos o recomeço da nossa Liga, com a consolidação dos plantéis e, decerto, com novas mudanças de treinadores. Afinal realidade que nenhuma pandemia altera. Como veremos nos próximos dias.
3 - O Benfica de Jorge Jesus já sabe o resultado de ontem e não ignora que o jogo em Vila de Conde, frente a um Rio Ave que só cedeu frente ao poderoso Milão nas grandes penalidades, é um jogo que exige determinação e concentração, vontade e eficácia, disponibilidade e solidariedade. O Benfica, este Benfica, reforçado e empenhado, tem todas as condições para ganhar os próximos jogos internos e europeus e ultrapassar, com êxito pleno, este primeiro ciclo exigente. As conquistas desportivas que se ambicionam são relevantes em termos desportivos e financeiros e são importantes em termos de disputa eleitoral para Luís Filipe Vieira. Que apoio pelas razões que explicarei e desenvolverei em próximo artigo. Mas não ignorando que uma disputa eleitoral é um sinal de dinamismo, marcos de diferença e uma afirmação da pujança de um clube que tem orgulho no passado, certeza no presente e quer abraçar, com sonhos legítimos, o futuro próximo. Sabendo que este futuro está cheio de incertezas que não, apenas, as que derivam da pandemia, dos seus efeitos e das suas angústias. Também daquelas que, em parte em razão dela , se vai desencadear no desporto e, também, no futebol. E onde estarão os direitos televisivos. Agora em que a BOLA TV, numa verdadeira mas não reconhecida missão de serviço público - repito, serviço público -, nos permite ver múltiplos jogos de modalidades de pavilhão. Que não apenas aqueles em que participam os três grandes do nosso desporto. Aqueles que têm os seus próprios canais nos três operadores(as) que gerem, diria que em não harmonia, a SportTV. Daí que acredite que teremos novidades, institucionais e pessoais, entre São Martinho e os Reis. E até lá espero, e desejo, que o Benfica se mantenha na liderança firme da nossa Liga e na frente do seu grupo na Liga Europa. Seria um sinal de fé. E também uma boa notícia para a sua tesouraria nestes tempos bem complexos que atravessamos.
4 - Em Itália, e na sua Volta, João Almeida mantém, com uma fibra imensa, a camisola rosa. Cor que invade o corpo de milhares de portugueses(as) que acompanham este jovem talento que está a surpreender o mundo do ciclismo. De Espanha escutamos que é «um rosa com estilo». Entre nós constatamos a imensa alegria de seus Familiares e Amigos, a sua força de vontade e a sua fé. Com ele também registamos que a vida é luta. E nas montanhas e nas estradas de Italia, nos contrarrelógios - como o de ontem - ou nos momentos de partilha sentimos profundo orgulho num português que se afirma e que eleva o nome de Portugal. Mais uns dias de Rosa, João Almeida! Força. Mas, desde já, bem hajas pela prova, pela simplicidade e pela generosidade. Parabéns!!!