Sem abraçar a evolução não há futuro

Sem abraçar a evolução não há futuro

OPINIÃO12.06.202306:30

O futebol português precisa de dar o passo seguinte: angariar investimento externo que não ponha em xeque a autonomia dos clubes

O Benfica está determinado no reforço de todas as suas equipas, em diferentes modalidades, certo de que o sucesso de um clube estará sempre intimamente ligado aos resultados desportivos que obtiver. Este é um princípio basilar, que foi demasiadas vezes esquecido por visões tecnocráticas (chamemos-lhes assim...), que passaram ao lado do alfa e do ómega das intenções dos fundadores, e essencialmente daquilo que move um clube, a paixão dos seus adeptos. O caminho, desde que ancorado em contas certas e pés bem assentes no chão, deve ser este e mais nenhum, para o Benfica e para os outros. Quanto a manter um saudável equilíbrio entre o deve e o haver, isso só será feito através da simbiose entre a ousadia do investimento e a competência dos gestores (não é só dentro das quatro linhas que a qualidade faz a diferença), devendo os clubes manter o espírito aberto a novas soluções, que em determinadas latitudes começam a ser imperiosas, e que passam pela chegada de investidores credíveis, que injetem dinheiro sem que os clubes percam autonomia ou identidade. À primeira vista poderá parecer que estou a sugerir a quadratura do círculo, mas, de facto, por mais que as receitas extraordinárias equilibrem os balanços, já se viu serem redutoras quanto ao desenvolvimento dos projetos desportivos. E é esse nó górdio que deve ser desatado, provavelmente à maneira, de Alexandre o Grande, já lá vão 2357 anos.

A UTONOMIZAR o setor da arbitragem, para as competições profissionais de futebol, é a única forma de criar condições para que se saia deste clima de desconfiança e suspeição em que temos vivido. A tarefa não é fácil, dados os múltiplos aspetos - financeiros e laborais, especialmente - que estão envolvidos. Aprender com as experiências da Premier League e da Bundesliga, tendo depois engenho e arte para adaptá-las à nossa realidade, parece ser a via mais sensata de atingir os objetivos desejados, no mais curto espaço de tempo. Tempus fugit...

E M Rio Maior, defrontaram-se um clube e uma ficção. Ganhou o clube, e a ficção, como os cucos,  vai agora pôr os ovos em ninho alheio. A B-SAD finou-se. Foi para a cova, sem piedade.



ÁS – BRUNO BRÍGIDO

O guarda-redes do Estrela da Amadora foi o herói da subida à I Liga do clube da Reboleira, ao realizar grande exibição durante os 90 minutos e o prolongamento, e a parar, ainda, um dos pontapés da marca da grande penalidade, no mata-mata final. Bem vindo Estrela, e que o Marítimo, 38 anos seguidos entre os maiores, regresse depressa.


ÁS – RUI COSTA

Na última sexta-feira, matou dois coelhos com uma cajadada: primeiro assegurou a contratação de Kokçu, objetivo que parecia difícil, e a seguir garantiu a continuidade de Otamendi, tarefa que se afigurava ainda mais complicada. Ontem, o título de basquetebol, conquistado no João Rocha, foi a cereja no topo do bolo.


ÁS – JORGE JESUS

O treinador português ajudou o Fenerbahce a colocar ponto final num jejum de títulos que já durava há nove anos, vencendo ontem a Taça da Turquia, que juntou ao segundo lugar na Liga turca. Depois da glória no Brasil e de uma segunda passagem mal sucedida pela Luz, Jesus, quiçá a caminho da Arábia Saudita,  voltou a sorrir...