Quando só um campo é pequeno
Vitinha (IMAGO)

Quando só um campo é pequeno

OPINIÃO18.04.202411:11

Vitinha está a ser, esta época, o segundo melhor jogador da Ligue 1 e brilhou na eliminação do Barcelona

Mbappé foi um líder do princípio ao fim, mas também quero falar de Vitinha: é um lutador e tem muita qualidade com bola

Luis Enrique, treinador do PSG, depois de vencer fora o Barcelona, por 4-1

Para quem não viu – o Sporting jogava à mesma hora em Famalicão... –, vale a pena puxar a fita atrás e ver o Barcelona-PSG de terça-feira, da Liga dos Campeões. O jogo foi giro, mas o melhor mesmo foi a lição de futebol dada por um médio de 24 anos, sorte a nossa, nascido em Portugal: Vitinha.

Luis Enrique tem agora duas das mais históricas reviravoltas da Champions, no mesmo duelo. Em 2017, depois de perder em Paris por 0-4, levou (ele e a equipa de arbitragem, diga-se...) o Barcelona a épico triunfo caseiro por 6-1, nos oitavos de final. Na batuta, a meio-campo, estava Iniesta.

Agora, o treinador passou de vilão dos parisienses a herói, com a vitória por 4-1 na Catalunha depois de um 2-3 em casa. Mbappé bisou, mas a exibição mais impressionante – ainda mais pensando que foi um dos sobreviventes do descalabro da primeira mão – foi de Vitinha, como o próprio Luis Enrique reconheceu, ao fazer questão de mencionar o médio português depois de ser questionado sobre Mbappé na conferência de imprensa a seguir ao jogo.

Contratado ao FC Porto por 40 milhões de euros (parece pouco? podia ter saído por metade, se o Wolverhampton tivesse exercido direito de opção quando o teve por empréstimo), Vitinha afirmou-se no PSG esta época, quando teve um treinador que reconheceu a importância de ter um médio cerebral mas dinâmico e batalhador. Não é a reencarnação de Iniesta, mas é o segundo melhor jogador da Ligue 1 desta época, depois de Mbappé, e isso não é pouco.

Que Roberto Martínez, enfim, também o perceba, para bem da Seleção...