Perdigotos
1. Nos casos em que as provas não possam ser reatadas (Holanda, França e as que se seguirem...), a anulação sem campeões, subidas e descidas é o menos justo dos cenários. Mais vale algum mérito desportivo (a classificação que se verificava) do que nenhum. E os 25 pontos de avanço do Liverpool? E a recuperação fantástica do FC Porto? Não pode apagar-se e pronto.
2. Claro que cada campeonato é um caso, não há soluções justas e muito menos universais. O Man. City aceitará que já não podia lutar pelo título, o Benfica obviamente que não, nem o AZ Alkmaar. Nesses casos a solução só pode ser uma final a duas mãos (ou mini-torneios se houver mais candidatos). Igual para a definição de subidas, descidas e vagas europeias em discussão (diferença máxima de 3 pontos).
3. Se a Liga portuguesa for retomada (com autorização da DGS), seria absurdo que não se realizasse a final da Taça de Portugal. O calendário já está em modo slim fit, não é por mais um jogo, e quanto à questão da ausência de público ferir o espírito da Taça, recordo que o mesmo é válido para os 90 jogos por cumprir no campeonato.
4. Só faltava mais esta ideia peregrina, sugerida por um médico da FIFA: cartão amarelo para os jogadores que cuspam em campo. E com intervenção do VAR nos casos de perdigotos? Já agora, assoar é vermelho direto?
5. Cá, como na Alemanha, o protocolo diz que um jogador infetado será encarado como um mero lesionado. E vários jogadores infetados? Um azarado choque em cadeia no treino?
6. Na Alemanha é ainda sugerido, no documento de retoma, que os jogadores não podem tocar-se ou abraçar-se, além dos habituais duelos, e com o jogo parado devem afastar-se metro e meio. Ou seja, vai jogar-se e proibir-se futebol ao mesmo tempo.
7. Luís Filipe Vieira: «Voltaremos em breve a festejar no Marquês.» Sem vacina, mesmo que o Benfica seja campeão, só se for no Google Earth...