O que joga Vitinha!
É com a visão, controlo de bola e técnica de passe que Vitinha pode conquistar o Mundo
TAREMI e Evanilson criaram uma química impressionante, cada vez mais reforçada jogo após jogo. Um grita mata e o outro diz esfola, invertendo constantemente papéis na criação e na finalização dos lances. E isto poderá parecer redutor, uma vez que é uma visão que só incide sobre o momento da definição e omite as outras dinâmicas que ambos acrescentam ao processo Conceição, seja nos momentos de posse de bola ou sem esta, quando é preciso pressionar ou defender territorialmente determinada zona do campo. No entanto, seja só a olhar para os golos e as assistências ou para o quadro completo, a verdade é que ambos têm sido fundamentais na campanha portista numa época que pode ser histórica, com um potencial triplete de Liga, Taça de Portugal e Liga Europa. Sim, é cedo ainda para pensar nisso, mas o cenário existe.
O crescimento dos dragões não assenta, no entanto, apenas na dinâmica dos dois homens da frente. Mais atrás, está a prova empírica de que, afinal, é possível juntar uma unidade mais técnica a um metrónomo como Uribe. Conceição demorou a ser convencido ou, pelo menos, a mostrá-lo, e andou entre Bruno Costa, Grujic e Sérgio Oliveira, antes de finalmente permitir que Vitinha cumprisse o potencial e se tornasse no maestro que é hoje. Em Paços de Ferreira, o internacional sub-21 - mais um que pode enriquecer a Seleção de Fernando Santos a curto prazo, se este assim o entender - somou momentos de verdadeira classe e requinte, fundamentais para muitos dos desequilíbrios criados pelo ataque portista. Sérgio Conceição sublinhou depois que o jovem foi aquele que mais bolas recuperou na partida - e terá sido essa evolução no seu jogo que terá empurrado o treinador para a aposta em definitivo - contudo é com a sua visão, controlo de bola e técnica de passe que o médio pode vir a conquistar o mundo.