Novidades na dopagem

OPINIÃO13.12.202002:00

Aproxima-se a entrada em vigor do novo Código Mundial Antidopagem 2021, que ocorrerá a 1 de janeiro. Em consequência, a UEFA e a FIFA adaptaram também os seus Códigos Antidopagem, fazendo resumos relevantes sobre as principais novidades introduzidas. Aqui ficam algumas.


É introduzido o conceito de «pessoas protegidas» (jogadores ou outros agentes menores e/ou que não têm qualquer experiência em competições internacionais) e «jogadores recreativos» (jogadores que não participaram em competições internacionais ou a nível nacional nos últimos 5 anos). Para ambas as categorias, as sanções por violações das regras antidopagem podem ser reduzidas.

Existe uma grande ênfase na educação contra a dopagem. Uma nova definição de «educação» foi introduzida com a finalidade de destacar a sua importância na luta contra a dopagem.

É reforçada a proteção para os denunciantes, passando a ser violação de regra antidopagem ameaçar outra pessoa para desencorajá-la de relatar às autoridades qualquer informação relevante ou retaliar quem o tenha feito. A moldura sancionatória vai de dois anos até a inelegibilidade vitalícia, dependendo da gravidade da situação.

Substâncias de abuso é uma nova definição que engloba as substâncias que são frequentemente utilizadas na sociedade fora do contexto desportivo. Se o jogador puder provar que a substância foi usada fora de competição em contexto não relacionado com o seu desempenho desportivo, o período de inelegibilidade é de 3 meses e pode ser reduzido para 1 mês se o jogador concluir um programa de reabilitação. A edição de 2021 da Lista Proibida da WADA identifica como Substâncias de Abuso a cocaína, a heroína, o ecstasy e o THC.