Mais um para o 'poker' de ases da FPF

OPINIÃO20.01.202003:00

JOSÉ COUCEIRO, 57 anos, vai integrar a Direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mantendo funções como diretor técnico nacional. Esta é uma boa notícia para o futebol português, porque traduz o rumo certo em que este está a ser conduzido a partir da Cidade do Futebol. A maior demanda de qualquer empresa que queira afirmar-se no contexto competitivo da terceira década do século XXI passa pela conquista dos mais capazes recursos humanos, pessoas com conhecimento e visão, que possam liderar projetos que rompam as baias da vulgaridade.

José Couceiro possui uma panóplia de saberes incomparáveis no âmbito nacional e de difícil superação na cena internacional. Num universo que muitas vezes privilegia valores menores, feitos de processos de aviário, que inevitavelmente conduzem ao fiasco anunciado, José Couceiro é the real thing: foi jogador profissional de futebol, presidiu ao Sindicato dos Jogadores, teve experiências como administrador e diretor-geral em vários clubes, foi treinador de sucesso e selecionador nacional, candidatou-se à presidência do Sporting e teve colaborações com a comunicação social, de que destaco, pela enorme gratificação que sentimos, o período que passou como comentador-residente da Quinta da Bola, n’A BOLA TV.

Quem pode dizer, pelo menos em Portugal (mas, mesmo lá fora, não vejo quem...), que possui um conhecimento tão vasto e pluridisciplinar, deste fenómeno complexo que muitos dizem perceber, mas que tão poucos, realmente, entendem na sua plenitude?

Em Couceiro, há a excelência que só os medíocres, por insegurança, podem recusar, há um cúmulo de saberes, teóricos e práticos, que só podem acrescentar às inúmeras mais-valias que jogam na equipa de Fernando Gomes.

Associar o crescimento multilateral da FPF apenas à conjuntura favorável que a Seleção Nacional A, é confundir a estrada da Beira com a beira da estrada, a obra prima do Mestre com a prima do mestre de obras. Na evolução exponencial da FPF de Fernando Gomes, sem que possa passar-se ao lado do nome de Tiago Craveiro, há uma visão apurada dos caminhos do futuro e uma segurança e uma serenidade que têm permitido juntar, sem medos ou complexos, recursos humanos de enorme valia, de que José Couceiro é apenas o exemplo mais recente.