Interesse conjunto

OPINIÃO11.10.201904:00

UMA competição desportiva, seja profissional ou não, tem um conjunto de interesses comuns para que possa ter um nível competitivo superior.  Um dos objectivos é que essa mesma competição seja equilibrada, que o resultado de qualquer dos jogos seja o mais imprevisível, mas também que os seus participantes tenham condições para atingirem posições de sucesso quando em confronto com equipas de outros campeonatos.  Calendarizar significa programar, agendar. Fixar um conjunto de datas no calendário para a realização dos eventos. Contudo, existem condicionantes para a elaboração de qualquer calendário. No desporto não é diferente. As opções devem ser tomadas para salvaguardar, entre outras, as duas razões apontadas anteriormente. A valorização das competições passa, em grande parte, por se conseguir perceber a importância que cada uma delas tem, e o espaço que deve ocupar. A dimensão e o formato de cada uma delas, nacionais e internacionais, condicionam as decisões. Existe uma hierarquia, que nem sempre é entendida da mesma forma por todos os agentes, o que implica um agendamento diferente em momentos idênticos. Por outro lado, as competições têm sucesso com intervenientes de qualidade, em condições igualmente de qualidade. A salvaguarda dos jogadores, os mais importantes elementos no jogo, tem sido muitas vezes descurada. Contudo, nestes últimos anos, e também por força de muitos estudos sobre esta temática, as organizações gestoras das competições têm vindo a chamar a atenção para o cuidado na recuperação entre momentos competitivos. O risco de lesão aumenta, como é facilmente entendível, quando temos intervalos curtos entre os jogos.

Como as equipas, e as competições, precisam de ter disponíveis os melhores, são eles o centro das atenções para o jogo, ou seja, existe um interesse comum entre todos os participantes. Terá que ser possível um entendimento alargado.