Hora de decisões
Estamos a 15 dias do início da Liga e a 8 do primeiro jogo oficial, a Supertaça, que se joga dia 4 em Aveiro, e ainda há muito por definir em algumas equipas. Da competição profissional aos juniores, escalões que começam a jogar a 18 de agosto, este é o momento que nunca se pode descurar. Há falhas, decisões que podem não ser as melhores, mas a ausência de decisão é que não pode ser invocada.
O tempo passa rapidamente, para os adeptos parece que ainda falta muito mas todos os profissionais sabem que está a chegar um momento importante. Começar a ganhar é objectivo para todos. Temos um primeiro bloco de jogos até à pausa para os jogos das selecções em Setembro, em que a pressão está controlada, mas no segundo bloco, de Setembro às datas FIFA de Outubro, essas condições podem alterar-se significativamente. Claro que existe aqui uma regra de proporcionalidade, o principal campeonato tem problemas diferentes do dos juniores. Contudo, todos têm que se preparar com antecedência, e essa antecedência é, no mínimo, resolver os maiores problemas agora. Em Outubro é tarde, e se analisarmos épocas passadas, facilmente percebemos que o sucesso é uma excepção quando a época é preparada de forma deficiente.
Na generalidade dos países, o modelo competitivo provoca estas situações de pressão exagerada em fases primárias da prova. O que não pode ser argumentado pelos concorrentes, mas pode, e deve, ser analisado por todos para melhor compreensão do modelo, ou mesmo para o melhorar.
Portugal tem tido uma prestação brilhante ao nível das competições no futebol jovem, quer se trate de selecções ou clubes. Isto significa que temos jogadores com potencial, o que é reconhecido por todos. Aproveitar e potenciar esses jovens é determinante para o futuro das competições. Vai surgir um novo espaço competitivo, os sub-23, que analisarei em momento posterior, mas que abre caminho a uma possível nova abordagem ao modelo existente.