Eu fico-me com Klopp!
Por muito que achem que não, a forma como se ganha importa. Até para a própria história!
AS finais não se jogam, ganham-se! É a teoria de todos os resultadistas mais ou menos fiéis, que olham para o jogo como se apenas interessasse a bola na baliza. Se assim fosse, todos se lembrariam como jogava a Alemanha de 1954 ou de 20 anos mais tarde, ou a Itália de 1982, e tinham-se esquecido os belos perdedores que foram Hungria, Holanda e Brasil nesses Campeonatos do Mundo e que ultrapassaram e muito o glamour dos vencedores. É certo que Carlo Ancelotti e Jurgen Klopp vão ambos entrar como lendas na história do jogo, porém toda a gente se lembrará daqui a algumas décadas do gegenpressing e do heavy metal football e poucos conseguirão encontrar uma linha condutora na estratégia do italiano, cuja obra de assinatura, a árvore de Natal, criada para sustentar a criatividade de Rui Costa e Rivaldo no Milan de 2002/2003, se tenha esgotado com as conquistas dessa temporada, uma delas a Liga dos Campeões. É mau ganhar? Claro que não, é ótimo! É Ancelotti mau treinador? Óbvio que não, é um exímio gestor de balneário, mesmo aqueles recheados de personalidades aguçadas, e a sua forma de simplificar, entregando a responsabilidade do ataque aos jogadores, também funciona, ao ponto de ser um dos grandes devoradores de troféus do planeta. Contudo, por muito que queiram achar que não, a forma como se ganha importa. Até para a história!
Já que se fala de treinadores, ao lado de Klopp estão Guardiola, mesmo com o fracasso pós-Barça na Liga dos Campeões e o Mourinho da revolucionária periodização tática com que abalou o jogo desde que assumiu o FC Porto, que não é bem aquele que ganhou a Liga Conferência, a fechar todos os caminhos para a sua baliza e a defender o 1-0. É o outro Zé que queremos, aquele que nos apaixonava quando ganhava. Por isso, fico-me com os Klopps desta vida!