Estar à altura das responsabilidades...
Não restam dúvidas quanto à importância de uma boa presença na Liga dos Campeões. Esperam-se opções em conformidade...
AMANHÃ inicia-se a fase de grupos da Champions (Liga Europa só na quinta), que irá propor novos e exigentes desafios aos treinadores das equipas participantes. No caso português, com os três principais candidatos ao título nacional envolvidos, ao mesmo nível, na competição milionária, a profundidade e qualidade dos plantéis estará em juízo, ao mesmo tempo que também entrará em linha de conta, para as escolhas dos técnicos, a definição estratégica de cada clube quanto ao projeto europeu. A Liga dos Campeões dá dinheiro, prestígio, e serve de montra de luxo para os jogadores e treinadores; mas, para lá chegar, o caminho deve ser feito através do campeonato nacional, o que já tem feito balançar o coração de vários responsáveis. Porém, muita água já correu debaixo das pontes desde que Jorge Jesus desvalorizou a Champions, dizendo que «importante é o Arouca». Aliás, depois disso, JJ percebeu o impacto que tiveram na sua carreira as presenças nas finais europeias de Amesterdão e Turim e a vitória na Libertadores...
O FC Porto sempre nos habituou a apostas fortes na Liga dos Campeões (compensadas com prémios que em muito contribuíram para que o desastre financeiro não se adensasse mais), o Benfica parece, desta feita, decidido a não arrastar o nome do clube pela lama, como sucedeu na época dos zero pontos, e o Sporting acaba por constituir-se na principal dúvida. Na época em que se sagrou campeão, Rúben Amorim, precocemente afastado pelo LASK Linz, viveu longe dessas preocupações. Agora, num contexto em que algumas baixas físicas debilitam-lhe o plantel, vem de um jogo exigente com o FC Porto, vai para um desafio não menos complicado com o Ajax, e a seguir desloca-se à Amoreira para medir forças com um Estoril de boa pinta. Como será a gestão do técnico verde-e-branco? Mete as fichas todas no bicampeonato, que foge aos leões desde 1954, ou também investe no dinheiro e na fama que estão associados à Champions?
Desta primeira jornada sairá uma clarificação quanto à afetação de meios para cada objetivo. E não será demais recordar a importância dos pontos-UEFA no atual contexto do futebol português.
P.S. — Interessante, se visar, a médio prazo, metas mais ambiciosas, o protocolo de arbitragem entre Portugal e França.
ÁS — EMMA RADUCANU
Tenista número 150 do mundo, 18 anos, Emma Raducanu entrou no US Open pelo qualifier e despediu-se como campeã, numa das recriações de Cinderela mais espetaculares da história do Desporto. Inglesa nascida no Canadá, de pai romeno e mãe chinesa, Raducanu é o rosto da revolução geracional em curso.
ÁS — CRISTIANO RONALDO
O Teatro dos Sonhos viveu uma tarde mágica com o regresso épico de Cristiano Ronaldo ao Manchester United. CR7 não desiludiu, bisou e deixou água na boca, para o que aí vem, aos adeptos dos red devils. Porém, do ponto de vista coletivo, Solskjær ainda tem muito que fazer até chegar ao nível do Manchester City ou do Chelsea.
DUQUE — MASSIMILIANO ALLEGRI
Três jogos na Serie A valeram apenas um ponto, lançando nuvens negras sobre o regresso do treinador-talismã à Vecchia Signora. A procissão ainda vai no adro, é certo, mas não só o arrivederci de Cristiano Ronaldo à Juve continua a fazer sentir-se, como não se vê quem pegue na batuta e afine a orquestra de Turim.