É a história que está a passar por aqui...
BRUNO DE CARVALHO foi ontem detido para interrogatório, juntamente com Mustafá, líder da Juventude Leonina (por sinal em conflito com Frederico Varandas...), no âmbito do processo relativo ao assalto à Academia de Alcochete. Depois de muita especulação - e quem não se lembra da rocambolesca cena feita pelo ex-presidente do Sporting quando andou a bater de porta em porta, do DIAP ao DCIAP, a pedir para ser ouvido... - este é um desenvolvimento substancial. Não fará sentido que, tantos meses depois, a detenção de Bruno de Carvalho não se funde em matéria muito robusta; outra qualquer situação seria gravemente lesiva da reputação do sistema judicial. No entanto, aqui chegados, remeter-me-ei à prudência com que tenho avaliado outros casos em fase de instrução. Confiando na Justiça, sempre. Outra coisa, porém, é o que representa para o Sporting esta detenção, quando ainda há vários casos com jogadores que rescindiram por resolver. A posição negocial dos leões está a partir de agora sumamente fragilizada, o que deverá implicar uma estratégia mais conservadora de Frederico Varandas e, quiçá, novas contas a apresentar à CMVM. Com um empréstimo obrigacionista fundamental para os leões na forja, este não seria, de todo, o desenvolvimento desejado para o caso de Alcochete. Quanto a Bruno de Carvalho, que nos últimas semanas andou muito ativo, mostrando-se em talk shows e programas cor-de-rosa, deverá merecer de todos a presunção de inocência, mesmo que o juiz decida aplicar-lhe a mesma medida de coação que usou para os restantes arguidos deste caso. De qualquer forma, é bom que tenhamos a noção que é a História do desporto português que está a passar diante dos nossos olhos, para contar aos vindouros.
JORGE NUNO PINTO DA COSTA e outros cinco administradores da FC Porto SAD foram constituídos arguidos no processo dos emails, onde são, segundo o DCIAP, «indiciados pela prática de crime de ofensa a pessoa coletiva», havendo ainda um outro arguido indiciado por «crime de violação de correspondência».
Deste desenvolvimento de um caso que ainda fará correr muita tinta, direi o mesmo que disse até agora quanto aos demais episódios: está em investigação, investigue-se. No fim do dia, no seu próprio tempo e modo, não deixará de ser feita justiça.