É a história que está a passar por aqui...

OPINIÃO12.11.201803:00

BRUNO DE CARVALHO foi ontem detido para interrogatório, juntamente com Mustafá, líder da Juventude Leonina (por sinal em conflito com Frederico Varandas...), no âmbito do processo relativo ao assalto à Academia de Alcochete. Depois de muita especulação - e quem não se lembra da rocambolesca cena feita pelo ex-presidente do Sporting quando andou a bater de porta em porta, do DIAP ao DCIAP, a pedir para ser ouvido... - este é um desenvolvimento substancial. Não fará sentido que, tantos meses depois, a detenção de Bruno de Carvalho não se funde em matéria muito robusta; outra qualquer situação seria gravemente lesiva da reputação do sistema judicial. No entanto, aqui chegados, remeter-me-ei à prudência com que tenho avaliado outros casos em fase de instrução. Confiando na Justiça, sempre. Outra coisa, porém, é o que representa para o Sporting esta detenção, quando ainda há vários casos com jogadores que rescindiram por resolver. A posição negocial dos leões está a partir de agora sumamente fragilizada, o que deverá implicar uma estratégia mais conservadora de Frederico Varandas e, quiçá, novas contas a apresentar à CMVM. Com um empréstimo obrigacionista fundamental para os leões na forja, este não seria, de todo, o desenvolvimento desejado para o caso de Alcochete. Quanto a Bruno de Carvalho, que nos últimas semanas andou muito ativo, mostrando-se em talk shows e programas cor-de-rosa, deverá merecer de todos a presunção de inocência, mesmo que o juiz decida aplicar-lhe a mesma medida de coação que usou para os restantes arguidos deste caso. De qualquer forma, é bom que tenhamos a noção que é a História do desporto português que está a passar diante dos nossos olhos, para contar aos vindouros.    


JORGE NUNO PINTO DA COSTA e outros cinco administradores da  FC Porto SAD foram constituídos arguidos no processo dos emails, onde são, segundo o DCIAP, «indiciados pela prática de crime de ofensa a pessoa coletiva», havendo ainda um outro arguido indiciado por «crime de violação de correspondência».


Deste desenvolvimento de um caso que ainda fará correr muita tinta, direi o mesmo que disse até agora quanto aos demais episódios: está em investigação, investigue-se. No fim do dia, no seu próprio tempo e modo, não deixará de ser feita justiça.