Duas notas sobre hóquei no gelo

OPINIÃO01.12.201800:31

Escrevemos, em A BOLA, sempre pouco sobre hóquei no gelo, eu sei. Mas hoje é dia. Ora então o que se passa é que a NHL, a liga americana e canadiana, está a lidar com questão de sensibilidade relacionada com o consumo de, como se diz, estupefacientes. O consumo recreativo de marijuana é agora legal em nove estados americanos e ainda no distrito federal de DC, o que permite que os jogadores de sete equipas da NHL possam fumar erva, concretamente os de Anaheim, Boston, Colorado, LA, San Jose, Las Vegas e Washington. Desde há um mês que o Canadá também autoriza o consumo, o que faz com que as sete equipas canadianas também beneficiem dessa complacência. Ou seja, 14 das 31 equipas da NHL podem fumar marijuana e as outras 17 não. Está cientificamente afirmado que o consumo reduz a agilidade, a força e a concentração mas, por outro lado, diminui a ansiedade, contribui para a recuperação dalgumas lesões e conta-se (sei lá eu, claro) que é usado por jogadores para suportar com menos dor os impactos dos adversários. E agora como é que se regula um fenómeno assim? E quem é que, realmente, estará em vantagem? A acontecer, como quase sempre, na América...


Mas há mais: esta semana soube-se que a Universidade de Oakland, no subúrbio de Detroit, está a armar professores com discos de hóquei cumprindo diligência da Associação de Professores Universitários em afinidade com a polícia. A ideia, que pode espalhar-se por outras escolas, passa por fazer com que os professores aprendam a lançar os discos, pesados e facilmente transportáveis, para magoar ou no mínimo distrair potenciais homicidas em ato de atentado.


Enfim, se calhar é por tudo isto que se fala pouco sobre hóquei no gelo.