Do Bernardo Silva
O que se viu em Alvalade? Que Bernardo Silva é mais do que o melhor jogador português
T ERÇA-FEIRA à noite, em Alvalade, eu não vi apenas o Bernardo Silva a mostrar (deslumbrante e mais...) aquilo que levou a que Pep Guardiola tivesse afirmado (encantado) que ele é:
- Como jogador pode ter facilmente seis papéis diferentes. Não se limita a jogar futebol, entende o jogo. Sabe exatamente o que tem de ser feito em cada ação. É um jogador fantástico…
Vi o Bernardo Silva a mostrar que é, neste momento, o melhor jogador português (porque o melhor Ronaldo já só é a memória mais fabulosa que o futebol tem...) - e vi, nele, o exemplo perfeito do craque (às vezes para lá do que parece, naquela perspetiva do Nélson Rodrigues de que
- ... no futebol o pior cego é o que só vê a bola…)
o craque a fazer com que através das suas decisões os seus companheiros joguem melhor e através das suas soluções a sua equipa também - e a fazer com que através da sua esperteza os seus adversários joguem pior (e errem mais).
Vi, nele, o exemplo perfeito do craque (às vezes para lá do que parece, naquela perspetiva do Nélson Rodrigues de que
- … no futebol o pior cego é o que só vê a bola…)
o craque a transformar becos sem saída em linhas de horizonte - e a jogar cada momento do jogo como se tivesse a alma a chamar-lhe o coração aos pés onde nunca há burrice (e há poesia).
Vi, nele, o exemplo perfeito do craque (às vezes para lá do que parece, naquela perspetiva do Nélson Rodrigues de que
- ... no futebol o pior cego é o que só vê a bola…)
o craque que não permite que dúvidas lhe entortem os pés ou o encalhem em lances disparatados - e que, de fogacho em fogacho, rompe com o que noutros seriam jogos rotineiros e chatos, iludindo os adversários, destruindo-lhe as marcações através do fulgor e do furor…
(e o mais que eu queria dizer do Bernardo Silva já não cabe nesta coluna…)