Contra factos não há argumentos

OPINIÃO26.10.201804:00

Diz-se que a paciência da massa adepta é normalmente curta, o que se percebe pela vontade de querer que a sua equipa vença. Perdoa algumas falhas, mas o que quer é mesmo a vitória. A qualidade de jogo é esquecida quando a equipa ganha, as falhas individuais fazem parte do jogo se o resultado não é influenciado por esses erros, caso contrário o jogador que o cometeu é o responsável pelo resultado negativo e a qualidade de jogo responsabilidade quase exclusiva do treinador. Estas reações são próprias dos adeptos, fruto da paixão pela equipa e do orgulho no sucesso do emblema. É um quadro normal. O mesmo já não direi de quem tem tempo para reflectir e, por vezes, com uma simples frase cria problemas bem maiores por ser mais adepto do que propriamente responsável.

Todos temos uma tendência para nos esquecermos que os elementos que marcam a diferença no jogo se encontram dentro do campo. A sua capacidade é determinante para o sucesso da equipa. Como tal a escolha dos jogadores, e a respectiva formação da equipa, é o momento mais importante da época. Este período, entre épocas, é decisivo para o sucesso futuro. A escolha acertada é a chave do sucesso. Veja-se o que sucedeu este defeso com a nossa maior referência dentro das quatro linhas.

Normalmente temos a tendência de não valorizar devidamente o que, apesar de excecional, se repete com alguma frequência. O estranho é quando Cristiano Ronaldo está algum tempo sem fazer golos. Agora marcou mais um, que não foi simplesmente mais um. Foi o golo 400 marcado nas Ligas inglesa, espanhola e italiana. São muitos golos em três das Ligas mais competitivas do mundo. Parece tão fácil que este facto não teve o relevo que virá a ter dentro de alguns anos.  O mesmo se passou com outros grandes jogadores e goleadores, mas a História (também a de Ronaldo) está feita e nunca pode ser desfeita!