Bruno inconsolável com Cristiano

OPINIÃO16.06.201802:01

Bruno de Carvalho está inconsolável. Hoje, as televisões, as rádios e os jornais entenderam - vá lá saber-se com que inconfessáveis razões - que a Seleção portuguesa e o seu jogo de abertura do Mundial, com a Espanha, era mais importante do que ele. Pior: a Seleção ainda é um desígnio coletivo, uma bandeira da Pátria. Pior é ser ultrapassado e humilhado pelo esplendor de uma individualidade. Cristiano Ronaldo, um madeirense que a única coisa boa que teve até agora foi uma caricatura com uma cara um bocado parva. Em resposta a esta afronta, Bruno pondera promover, esta tarde, uma conferência de imprensa na Gulbenkian para atacar o que considera ser «esta inqualificável escolha editorial» que o suspenso presidente considera contrária aos superiores interesses do Sporting.


Segundo fontes dignas de crédito, também o Conselho Diretivo leonino, depois de ter reunido de emergência numa cabina telefónica da zona de Alvalade, decidiu  estudar a possibilidade jurídica de avançar com a criação de uma comissão transitória para dirigir a Federação Portuguesa de Futebol, a fim de proibir a realização de qualquer jogo de Seleções, oficial ou não oficial, que possa contribuir para desfocar a atenção dos sportinguistas espalhados pelo mundo.


Instado a pronunciar-se sobre o facto da FIFA e da UEFA nunca virem a autorizar tais propósitos, o líder leonino twittou do seu buncker: «O presidente do Sporting nunca reconhecerá legitimidade em quem não foi votado, convocado ou nomeado por ele ou pela doutora Elsa.»


Entretanto, A BOLA sabe que o inquietante e prolongado desaparecimento do, antes, inesgotável diretor de comunicação, Nuno Saraiva, se deve ao facto do indefetível brunista estar, há meses, em Washington, incumbido de uma missão tão específica quanto secreta: preparar uma complexa cimeira entre os dois mais fortes líderes do mundo: Donald Trump e Bruno de Carvalho.


Aguarda-se, com natural curiosidade, o teor da agenda, mas fontes próximas da administração americana falam da possibilidade de vir a ser considerada a hipótese de ambos os líderes trabalharem em conjunto um bloqueio económico e militar que obrigue à desnuclearização do Estádio da Luz e ainda a proclamação de um impedimento universal de atividade profissional a Cristiano Ronaldo, por manipulação e monopolização do interesse dos portugueses, em manifesto prejuízo dos superiores interesses do Sporting e dos Estados Unidos.


 
Nota Importante: Este é um texto de pura ficção. Qualquer ponto comum com a realidade é, apenas, mera coincidência.


PORTUGAL, como certamente terão visto no frenético jogo com a Espanha,  voltou a ser Cristiano e mais dez. O Homem deu cabo da Espanha inteira e desde o D. Afonso Henriques que não aparecia português mais destruidor. Bem pode o meu querido amigo Pereira Ramos levar uma vida de monge, na laboriosa missão de provar aos espanhóis que os portugueses são fixes, que aparece um CR7 e lhe dá cabo de anos e anos de trabalho meritório.


Curioso: nem todos os espanhóis levaram a mal o hat trick do português, dado que o melhor do  mundo destroçou o fisco espanhol que, se soubesse antes o que se passou depois, teria condenado Cristiano Ronaldo a vinte anos de prisão ou, em alternativa, ao degredo definitivo.
Agora, Messi vai ter um trabalhão para fazer melhor. Não vai ser fácil. Pelo que parece, o pequeno génio argentino está em crise e não consegue ganhar a Ronaldo, nem no fisco espanhol. Podem dizer-me que é cedo para cantar vitória, que ainda vem aí aquele Marrocos que nos lixou no  México e aquele Carlos Queiroz que nos lixou na África do Sul, mas haja esperança. O Presidente já disse que tem bilhete e hotel marcado para Moscovo.