Benfica: só um terço dá certo

OPINIÃO14.11.201903:00

O Benfica vai contratar mais um extremo no mercado de inverno (Yoni González, do Fluminense) porque Caio Lucas não mostrou qualidade. As contratações falhadas têm sido, nos últimos anos, uma das marcas da SAD liderada por Luís Filipe Vieira.

Analisando apenas os últimos cinco verões, desde que, com a saída de Jorge Jesus, o paradigma mudou com uma maior aposta na formação, as águias contrataram 52 jogadores. Deste lote, 14 nunca chegaram a fazer qualquer minuto pela equipa principal: Cádiz, Salvador Agra, Óscar Benítez, Erdal Rakip, Pedro Nuno, Ponck, Patrick, João Amaral, Murillo, Mato Milos, Marçal, Pelé, Arango e Dálcio.

Outros dois ainda foram utilizados, saindo da equipa B (Keaton Parks e Kalaica). Sobram 36 que pertenceram ao plantel, que chegaram com esta cadência:

2015/2016: Jiménez, Jovic, Carcela, Grimaldo, Mitroglou, Taarabt e Ederson;

2016/2017: Rafa, Cervi, Pedro Pereira, Celis, Filipe Augusto, André Horta,  Carrillo, Zivkovic, Danilo e Hermes;

2017/2018: Krovinovic, Svilar, Gabigol, Chrien, Seferovic e Douglas;

2018/2019:  Gabriel, Castillo, Conti, Alfa Semedo, Vlachodimos, Corchia, Ebuehi, Ferreyra e Lema;

2019/2020:  Raul de Tomas, Carlos Vinícius, Chiquinho e Caio Lucas.

Considerando que Zivkovic só num determinado período (em 4x3x3 com Rui Vitória) teve bom rendimento e Taarabt perdeu muito tempo, será consensual dizer que apenas estes foram mesmo reforços: Ederson, Grimaldo, Jiménez, Mitroglou, Rafa, Cervi, Seferovic, Gabriel, Vlachodimos, Carlos Vinícius e Chiquinho.

Ou seja, 11 em 36, uma taxa de aproveitamento de 30,5 por cento. Dito de outra forma: por cada três jogadores contratados, só um dá certo no Benfica.