Até já...
EM Janeiro de 1945, a menos de 4 meses do fim da II guerra mundial, nasceu A BOLA. O desporto, considerado nesse tempo como uma actividade com uma importância bem menor da que tem na actualidade, passou a ter um espaço próprio na imprensa da época. Passaram 75 anos, o mundo dos jornais mudou, tornou-se digital, o que implica uma adaptação a esta nova realidade. A BOLA é hoje um grupo de comunicação, e não só um jornal. Mas é este que continua a ser o espaço de excelência. Por isso mesmo, o desafio para os próximos anos é enorme. Como será a próxima década? A única certeza é que não será fácil, a tecnologia acelerou todo o processo.
Durante todos estes anos, aqueles que são da minha geração, e das anteriores, não dispensaram a leitura do trissemanário, hoje diário, e com ele se iniciaram na leitura dos assuntos desportivos. Grandes nomes por aqui passaram, como fiquei orgulhoso que Fernando Vaz escrevesse sobre um jogo em que participei, nunca sonhando que um dia também estaria a ocupar um espaço neste jornal.
Esta coluna, que vou interromper a partir de hoje, por decisão própria, foi sempre da minha inteira responsabilidade. Nunca recebi qualquer sugestão, ou tentativa de influenciar a minha escrita. Por isso mesmo, e estando agora em funções directivas na Federação, decido fazer uma paragem neste espaço de que tanto gosto. Grato por me terem dado esta oportunidade, que será sempre uma marca no meu percurso desportivo, quero manifestar isso mesmo. O meu obrigado a todos com quem me cruzei neste espaço, da Direcção aos leitores.
Tal como num jogo de futebol profissional, em que se joga para o público, estes espaços são em primeiro lugar para os leitores. Pelo gosto que tenho em expressar a minha opinião nesta coluna, e antecipadamente com alguma nostalgia, direi que é um até já.