A competência não é para todos
O Bayern conquistou a Champions, o Sevilha triunfou (pasme-se!) na Liga Europa e Miguel Oliveira arrebatou o primeiro Grande Prémio. Onde há competência não sobra mesmo espaço para a surpresa.
Hansi Flick assinou brilhante trabalho tático, visível na alta linha de pressão, capacidade de moldar talento, presente num Alphonso Davies que chegou como extremo e se transformou num dos melhores laterais da atualidade, e também boa gestão de recursos, com a centralização estratégica de Muller e Kimmich. Já Julen Lopetegui teve o seu ano de redenção. Deixou de ser herdeiro da Ideia e apostou na sua, um juego de posición com maior sentido de baliza e bem armado nos flancos. No que diz respeito a Miguel Oliveira, o foco, o talento e a inteligência já nos preparavam há algum tempo para a festa. Só que, tal como na eterna finta de Garrincha, faltava-nos saber quando. Temos campeão!
De volta ao futebol, haja Mexit ou um aliviado se queda, o terramoto marca desde já a temporada de um Barça a querer lançar fundações para uma reestruturação liderado por um treinador pouco consensual e politicamente incorreto, que logo abriu hostilidades com a dispensa de Luis Suárez. Em Inglaterra, o Chelsea espera ainda Kai Havertz para engordar a fatura para lá dos 143 milhões atuais e o Arsenal reforça a ideia de maior frescura desde a chegada de Arteta. Ainda em North London, Mourinho dá prioridade ao processo defensivo, com a chegada de Hojbjerg e Doherty.
Por cá, o Benfica voltou a navegar à vista no pós-Cavani e o plantel do Sporting, apesar do mercado interessante, exigirá boa gestão das expetativas. Por sua vez, o FC Porto mantém a ideia Conceição vincada, com reforços para a verticalidade e jogo direto. Vender complicou-se, tal com a gestão dos últimos anos de contrato dos melhores.