Números que explicam a derrota do Benfica
O Benfica perdeu por 0-1 na quarta-feira frente ao Barcelona, jogo da primeira mão dos oitavos de final da UEFA Champions League.
O golo dos catalães foi marcado por Raphinha, aos 61', com o Barcelona a jogar com menos um jogador desde os 21', por expulsão do defesa-central Paul Cubarsí. Antes e depois do momento do golo de Raphinha, os encarnados falharam várias boas oportunidades para marcar golo.
Se o golo de Raphinha teve início num mau passe do defesa-central do Benfica António Silva, a falta de eficácia dos encarnados também encontra explicação não apenas na grande exibição do guarda-redes polaco Szczesny mas igualmente na falta de pontaria da equipa liderada por Bruno Lage.
Olhando para a estatística do jogo publicada pela UEFA no site oficial, a imagem é clara. O Benfica fez 54 ataques, contra 34 do Barcelona, e fez o dobro de tentativas para chegar ao golo: 26 contra 10. As águias acertaram 8 vezes na baliza, erraram 7 vezes o alvo e viram 11 remates serem-lhes bloqueados; os catalães enquadraram 5 remates, noutros 2 falharam a baliza e 3 foram bloqueados.
Com mais um homem em campo desde muito cedo, o Benfica ganha em quase todos os itens. Empata apenas no número de passes certos — 84 —, perde no pódio dos jogadores que mais correram — Pedri percorreu 13.221 km, Aursnes percorreu 12.878 — e perde, naturalmente, na eficácia que demonstra o único golo do desafio, marcado por Raphinha.
O jogo, porém, transmite boas sensações para o duelo da segunda mão. Bruno Lage viu um Benfica-Barcelona que poderia ter terminado com o goleada dos encarnados, como analisou o treinador na conferência depois do jogo, e foi essa a mensagem passada em conversa no balneário, como igualmente revelou Lage.
O Benfica concentra-se agora na receção ao Nacional de sábado, dia 8, para o campeonato, mas alimenta a esperança de ir vencer a Barcelona na terça-feira. «Temos de ir a Barcelona vencer para passar à eliminatória seguinte. Foi essa a mensagem que passámos no balneário», apontou Bruno Lage, ainda a viver as emoções europeias do primeiro embate com os catalães.