Destaques do Benfica: «Seja bem-vindo, Marcos. Assinado: Rafa Silva»
7 Trubin - Noite de muitos suores frios, na proporção dos muitos lances de perigo criados pelo Rio Ave que obrigaram o ucraniano a impedir o avolumar do marcador para o lado dos vila-condenses. Excelentes reflexos ao remate desviado de Fábio Ronaldo (16’) e defesa importante aos 46’ no primeiro remate de João Graça. Viu ainda duas bolas baterem no poste, sem que nada mais pudesse fazer senão desejar que os ventos da sorte o ajudassem.
7 Aursnes - Está cada vez mais lateral-direito e é caso para dizer que se arrisca a jogar nesta posição até ao final da época, mesmo que Alexander Bah regresse com a corda toda. Sentiu muitas dificuldades com Fábio Ronaldo mas respondeu ao atrevimento da ala esquerda do Rio Ave com uma expressão ofensiva consistente na quantidade, na diversidade (por dentro e por fora) e na qualidade, da qual o cruzamento para Marcos Leonardo é o resumo perfeito.
6 António Silva - Jogos como este exigem muita concentração para os centrais das equipas grandes: sem referências diretas de marcação (Boateng andou por muitos lados) e com adversários que se desdobram muito bem em movimentos de rotura. Tal como Otamendi, não conseguiu manter o centro da defesa livre de perigo, mas compensou com um golo de insistência e força que materializou a reviravolta.
5 Otamendi - A leitura de jogo de 15 anos de experiência como futebolista profissional não tem estado muito à vista nos últimos jogos. Boateng apareceu por duas vezes nas barbas do capitão para cabecear, numa defendeu Trubin, na outra a bola foi ao poste. Mas é esta mesma tarimba que o manteve sereno até ao final da partida.
5 Morato - O Rio Ave explorou as suas carências ofensivas, olhando para o brasileiro como um ponto a explorar na hora de pressionar alto. Melhorou com a expulsão no adversário.
6 João Neves - Sentiu mais dificuldades que o habitual para se soltar em zona onde o metro quadrado estava caro. Quando o fez, o Benfica criou perigo: na primeira, Jhonatan roubou o golo a João Mário; na segunda, lançou Rafa para o português dar o golo a Di María. Com ele o conceito de pré-assistência ganha outra dimensão.
5 Kokçu - Tenta pensar e executar o jogo sempre de frente para a baliza contrária, esteja onde estiver no campo. Mas desta vez não desequilibrou.
7 Di María - Faz muitas partidas como esta: uma aparente inconsistência, mas que no fundo é um engodo, porque depois de uma ação menos conseguida é capaz de marcar um golo de execução dificílima (29’), fazer um passe de 50 metros com a precisão de um cirurgião ou estar perto de apontar novo golo de canto direto, coisa que para ele parece ser uma banalidade. Mas Di María é tudo menos banal.
6 João Mário - Jhonatan roubou-lhe um golo em arco e assinou o 4-1 respondendo à trivela de Rafa. Partida de rigor tático, tentando fazer a equipa respirar.
5 Arthur Cabral - Ausente na primeira parte porque o Benfica não jogou para ele, preferindo apostar em transições rápidas. Procurou mais a bola no segundo tempo e foi ele a expulsar Aderllan Santos. Saiu cinco minutos depois, vendo Marcos Leonardo ter o espaço que ele não teve para finalizar.
6 Florentino - Permitiu à equipa subir muitos metros, já em situação de superioridade numérica.
6 Marcos Leonardo - Fantástica estreia, com boa elevação e gesto de cabeça para o 3-1, a cruzamento de Aursnes. Andou perto do bis com movimento clássico de ponta de lança: rotação orientada e remate em arco. Não poderia ter um comité de boas-vindas melhor: ver os mais experientes (como Rafa) a trabalharem para ele, como se dissessem ‘Já és um dos nossos’.
5 Tiago Gouveia - Andou perto do golo, o que seria um prémio pela irreverência.
- Tomás Araújo - Para Aursnes descansar.
- Chiquinho - Ainda cheirou o golo.
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