Abel, treinador do Palmeiras
Abel, treinador do Palmeiras - Foto: IMAGO

Abel: «É absurdo como se fala de prémios. Querem saber, perguntem-me»

Treinador do Palmeiras critica jornalistas e explica limitações do verdão: «Não somos uma equipa velha, só temos menos recursos que outros»

O Palmeiras não conseguiu sagrar-se campeão brasileiro — terminou o Brasileirão com uma vitória sobre o Ceará, mas já tinha visto o rival Flamengo fazer a festa do título —, no entanto Abel Ferreira destacou a campanha do verdão e, pelo caminho, deixou farpas à Imprensa.

«Conseguimos bater um recorde, 76 pontos, nunca ninguém ficou em segundo com essa pontuação, mas infelizmente alguém foi melhor. Num ano de reformulação, 17 saídas e 12 entradas, em que investimos dinheiro, muito bem planeado, dos cinco títulos em disputada, Brasileirão, Libertadores, só um clube fez melhor do que nós», assinalou.

«Em relação ao Mundial, representámos bem o futebol brasileiro e o Palmeiras a nível internacional. Em relação à Taça do Brasil, não foi um ano que correu bem e não conseguimos, e no Paulista em pelo menos cinco anos que estou aqui fomos a todas as finais. Este ano foi planeado em 2024, temos gente no clube que entende de futebol, queremos sempre que os reforços rendam, mas nem sempre acontece, nem aqui, nem no Real Madrid e em lugar algum», observou.

«É absurdo como se falam de prémios que eu ganharia, é absurdo, não há nada disso, quando quiserem saber perguntem-me, é um livro aberto, perguntem à Leila e ao Barros, é absurdo que jornalistas falem sem saber, é absurdo os valores que falam tanto de prémios quanto de salários. Precisam de dizer a verdade para não enganar ninguém, é só perguntar ao Barros e à Leila, ou apurem na CBF, o meu contrato está lá. O clube valorizou o nosso trabalho pelos títulos que ganhámos», frisou.

«Quando o Palmeiras não quiser mais os meus serviços, tudo bem, eu mudo de lugar e continuarei a ser treinador, porque é o que eu amo. Se fosse por dinheiro, era impossível o Mirassol terminar no lugar em que terminou. Porque criam essas narrativas? As pessoas querem saber como funcionam os media? Eu estou aqui no Brasil há cinco anos, tenho os mesmos direitos que tem um brasileiro aqui por lei, e aqui é 50% Rio de Janeiro, 50% São Paulo, em São Paulo dividimos por Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, se for possível dividir são quatro rivais contra um», prosseguiu o técnico português.

E concluiu: «A imprensa é contra o Palmeiras? Não. O Palmeiras tem 25% da imprensa, mas os outros 75% fazem narrativas para prejudicar o clube. Mas nunca na história o Palmeiras foi tão respeitado, equilibrado financeiramente, desportivamente, não somos uma equipa velha, só temos menos recursos que outros, mas pela estrutura que tem, consegue competir com menos recursos e está aí disputando títulos.»