Liga dos Campeões: Noite cinzenta do FC Porto em Montpellier
Dragões foram derrotados por claros 24-35 em França, num jogo em que estiveram abaixo do nível exibicional que vinham a apresentar na fase de grupos da Champions
O dragão teve uma noite europeia sem chama, esta quarta-feira, em Montpellier, onde perdeu por copiosos 35-24, frente à equipa desta cidade francesa, e vê-se ultrapassado por esta após a 7.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, baixando à sexta posição.
O FC Porto entrou no jogo sem conseguir impor-se e rapidamente se viu em desvantagem no marcador, incorrendo na toada sempre ingrata e desconfortável de ir atrás do prejuízo. Aos seis minutos, os franceses lideravam por 4-2, altura em que os dragões reagiram, enfim, e deram a volta (5-4) à dobragem do primeiro terço da primeira parte, no melhor período da formação portuguesa neste período. Todavia, sol de pouca dura na jornada europeia dos portistas por terras de França.
O Montpellier retomou as rédeas à contenda e submeteram desde logo o FC Porto a nova situação de pressão, que levou a equipa orientada por Carlos Resende a acumular erros, principalmente ofensivos. Consequência (óbvia): galopada no placard, imparável até aos 15-9 à passagem do minuto 25, quando um golo portista estancou a sangria que arriscava eternizar-se.
Mas foi um fogacho de resistência do dragão, que voltou a arreliadora letargia, extensível então aos movimentos defensivos, chegando ao intervalo a perder por cinco golos (13-18).
O reatamento não trouxe o abanão indispensável às pretensões do FC Porto neste jogo. Os franceses mantiveram-se por cima e a avolumar o marcador, que atingiu números máximos aos 23-13 antes dos dez minutos. Sem vislumbre de reabilitação (a todos os níveis, e cada vez mais o anímico), os azuis e brancos – equipados nesta partida, em alternativa, com um beije integral, tão esbatido como a sua exibição – nunca mais se aproximaram, sequer, da competitividade dos franceses, apesar destes terem passado a velocidade de cruzeiro, controlando os ritmos e gerindo o avanço do cronómetro, a partir do meio da etapa complementar.
O tempo, que parecia eterno, chegou mesmo a tornar-se constrangedor para os jogadores do FC Porto, incapazes de transpor a barreira da dezena de golos de desvantagem, chegando à dúzia aos 26 minutos – e culminando a um total de desequilibrados onze no final da hora de jogo.