FC Porto não resiste (outra vez) ao Montpellier na Liga dos Campeões

FC Porto não resiste (outra vez) ao Montpellier na Liga dos Campeões

ANDEBOL23.11.202321:23

Quebra de eficácia ofensiva a partir aos 10 minutos e consequentemente da recuperação defensiva face aos contra-ataques sofridos, permitiu que os franceses passassem a tomar conta do ritmo do jogo e do controlo do marcador

Não foi o descalabro (35-24) da passada semana em França, quando as duas equipas se encontraram pela primeira vez, mas o FC Porto voltou a não resistir ao letal contra-ataque/ataque rápido do Montpellier e perdeu por 25-29 (13-13 ao intervalo) em jogo a contar para a 8.ª jornada, início da 2.ª volta, do Grupo B da Liga dos Campeões.

Desfecho que mantém os dragões no 6.º lugar (3 V, 0 E, 5 D, 6 pts), atrás dos dinamarqueses do GOG (3 V, 0 E, 5 D, 8 pts) numa poule que continua a ser liderada pelo Barcelona (7 V, 0 E, 1 D, 14 prs) e Veszprém (7 V, 0 E, 1 D, 14 pts).

Com os portistas e entrarem de rompante e aos 3m já a determ a vantagem por 3-0, acabou por ser surpreendente a facilidade como a equipa de Carlos Resende rapidamente se deixou ultrapassar no marcador (3-4) em 2.30 minutos. 

Perdas de bola e deficiente recuperação defensiva explicavam, em parte, o resultado, mas, a partir daí, reinou o equilíbrio e verificaram-se sete igualdades até à ida aos balneários, sem que os visitantes alguma vez tenham detido vantagem superior a um golo. A última aos 12-13. 

Ficha do jogo

Liga dos Campeões, Grupo B, 8.ª jornada
Dragão Arena, no Porto.

FC Porto– Montpellier, 25-29.

Ao intervalo: 13-13.

Árbitros: Mirza Kurtagic e Mattias Wetterwik (Suécia)

FC Porto - Diogo Rêma (gr), Nikola Mitrevski (gr), Antonio Martinez (4), Nikolaj Laeso (3), Pedro Oliveira (3), Daymaro Salina (2), Pedro Valdés (1) e Rui Silva (2); André Sousa, David Fernández, António Areia, Ignacio Plaza (2), Mamadou Diocou (3), Diogo Branquinho, Jesús Hurtado e Fábio Magalhães (5) .

Treinador: Carlos Resende.

Montpellier - Rémi Desbonnet (gr), Charles Bolzinger (gr), Sebastian Karlsson (5), Valentin Porte, Karl Konan, Arthur Lenne (2), Bryan Monte (3) e Lucas Pellas (9); Diego Simonet (1), Kyllian Villeminot (4), Jaime Fernández, Marko Panic, Mathieu Cornette, Alexis Berthier (2), Veron Nacinovic (3).

Treinador: Patrice Canayer.

Diogo Rêma, com quatro defesas em 17 remates (23%), ajudava a manter o conjunto da casa satisfatoriamente estável, mas se a finalização muitas vezes tentara passar pelo pivot Daymaro Salina, até então com 2/3 em concretização, e mais tarde na capacidade de remate de António Martínez e Fábio Magalhães, foi a recuperação da solidez defensiva e capacidade para travar a transição ofensiva adversária, onde o ponta esquerda sueco Lucas Pellas registou 5 dos seus 9 golos na 1.ª parte, que mantinha tudo em aberto e mostrava que o FC Porto podia ambicionar a vitória.     

O 2.º tempo abriu novamente com os azuis e brancos a adiantarem-se (15-13), mas, depois de Pellas ter novamente colocado os franceses no comando num livre de 7m (15-16), o último empate (17-17) aconteceu aos 40m, no início da construção de um decisivo parcial de 0-4 (17-20) que viria a marcar a partida. 

O FC Porto deixou que garantir a eficácia de finalização que quase sempre o havia mantido no comando – apenas perdeu a liderança em cinco ocasiões e pela margem mínima – e o Montpellier voltou a apostar na transição rápida que, em cerca de 5.30m, lhes permitiu abriu um fosso de 19-21 para 21-26 a 8m do final que os donos da casa nunca mais lograram sequer ameaçar, apesar da aposta no ataque de 7 contra 6, a diferença nunca baixou dos 4 golos.