Radio Popular-Boavista suspensa por 30 dias pela UCI

Ciclismo Radio Popular-Boavista suspensa por 30 dias pela UCI

CICLISMO21.03.202319:50

A Comissão Disciplinar da UCI suspendeu por 30 dias a Radio Popular-Paredes-Boavista, entre 19 de março e 17 de abril, por violação do artigo 7.12.1 do Regulamento Antidopagem, que preconiza: «Se no período de 12 meses dois ciclistas e/ou pessoas contratadas por uma equipa  registada na UCI, forem notificadas de um resultado analítico adverso por um método ou substâncias proibidas, ou de uma violação antidopagem, resultante de alterações no passaporte biológico, a equipa deve ser suspensa de participar em eventos internacionais por um período a determinar pela Comissão Disciplinar da UCI. A suspensão não deve ser inferior a 15 dias e superior a 45 dias.»

A suspensão da equipa axadrezada baseia-se nos caso de dopagem de Daniel Freitas, suspenso  pela ADoP por três anos em dezembro, por posse de substancia e método proibido, a que se junta as alterações no passaporte biológico de João Benta, no período em que representou a formação axadrezada entre 2017 e 2021. O processo ainda não se encontra concluído em virtude do ciclista não ter concordado com a pena de suspensão de oito anos proposta pelo LADS, pertencendo ao Tribunal Antidopagem da UCI a decisão sobre a pena a aplicar.

A auto suspensão da Radio Popular-Paredes-Boavista, que não compareceu na Clássica da Arrábida, acelerou a decisão por parte das entidades competentes, pelo que a ausência da equipa na Volta ao Alentejo já se encontra abrangida pela determinação da UCI.

Em 2021 a Radio Popular-Paredes-Boavista foi suspensa 20 dias pela UCI, no período de 29 de abril a 19 de maio, por alterações no passaporte biológico de Domingos Gonçalves e David Rodrigues, suspensos por quatro anos pelo Tribunal Antidopagem da UCI.

Encontra-se em avaliação por parte da Comissão Antidopagem da UCI e da Agência Mundial Antidopagem (AMA) o processo que ilibou Daniel Silva, decisão fundamentada em erros processuais. Para ambas as entidades são evidentes os resultados anormais no passaporte biológico, assim como a manipulação sanguínea, o que significa que a situação não se pode considerar encerrada.