Tribunal de Sintra aceitou pedido da federação e do presidente e trava imposição da tutela. Sábado apenas será realizada uma assembleia-geral ordinária.
A cinco dias da aguardada assembleia-geral extraordinária da federação de natação para que os delegados cumprissem, ou não, a exigência do IPDJ para a imediata destituição do presidente António José Silva, entretanto com o mandato suspenso e substituído interinamente pelo vice José Miguel Miranda, eis um volte-face num caso que promete fazer correr ainda muita tinta.
Num comunicado enviado ao final da tarde de terça-feira aos delegados e agentes da assembleia geral da FPN, o presidente da mesa da AG Alberto Mota Borges faz saber que, a 26 de janeiro, a federação e António José Silva instauraram um procedimento cautelar contra o IPDJ para suspender a decisão da tutela e que quatro dias depois o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra admitiu o procedimento.
Já a 5 de fevereiro, após o IPDJ ter sido citado para o procedimento cautelar, foi aceite a suspensão da decisão daquele organismo que, recorde-se, avisara a FPN que caso a AG extraordinária não destituísse o presidente, ou entretanto este não se demitisse, avançaria com o processo que leva à perda do estatuto de utilidade pública e consequentemente os apoios do Governo.
Face à decisão judicial que suspende a ordem do IPDJ após ter considerado António José Silva culpado no final de um inquérito, Alberto Mota Borges desconvocou a assembleia-geral extraordinária que tinha como ponto único a votação para a perda de mandato do presidente e anunciou que esta será oportunamente reagendada quando for proferida a decisão do procedimento cautelar. No entanto mantém a assembleia-geral ordinária marcada para três horas antes (14.30h).
24 janeiro 2024, 11:01
PARTE 3 - Considerado culpado de um inquérito instaurado pelo IPDJ, concluído na passada semana, que obriga a assembleia geral da federação de natação à imediata destituição, o presidente da FPN_falou a A BOLA e diz que houve interesses políticos e pessoais para matar a sua reeleição na European Aquatics e possível candidatura ao COP.
Recorde-se que dias depois da decisão do IPDJ António José Silva revelara, através de um comunicado com nove pontos, que iria rebater, em tribunal, as acusações e decisões do IPDJ em que foi considerado culpado num inquérito instaurado por aquele organismo devido a ter concretizado um negócio jurídico com a federação que lidera, o que é proibido por lei.
Tal levou o IPDJ a exigir a sua destituição no último ano do terceiro mandato à frente da FPN através de uma assembleia geral extraordinária que teria de ser marcada no prazo máximo de 15 dias, mas cuja a data final, segundo os estatutos, apenas aconteceria um mês mais tarde. Afinal já não haverá.
24 janeiro 2024, 12:00
PARTE 4 - Considerado culpado de um inquérito instaurado pelo IPDJ, concluído na passada semana, que obriga a assembleia geral da federação de natação à imediata destituição, o presidente da FPN_falou a A BOLA e diz que houve interesses políticos e pessoais para matar a sua reeleição na European Aquatics e possível candidatura ao COP.
Cerca de uma semana depois de ter suspendido a liderança da FPN, António José Silva foi reeleito, em Atenas, para um segundo mandato de quatro anos como presidente da European Aquatics. Reeleição que aconteceu por unanimidade dos 45 delegados presentes na capital grega.
O impasse na destituição ou não eleva agora a expectativa do que irá acontecer, quando e algumas outras questões:
- levantará António José Silva a autosuspensão do mandato na assembleia-geral de sábado?;
- qual será a reação do IPDJ face ao procedimento cautelar decretado pelo tribunal e avançara este organismo também para a justiça e para a retirada do estatuto de utilidade pública à FPN?;
- como será se o processo demorar algum tempo e entretanto existir um novo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, seja do atual partido do Governo ou de outro?
27 janeiro 2024, 09:25
Presidente do IPDJ rejeita as acusações e declarações de António José Silva em entrevista a A BOLA no início da semana sobre o inquérito que aquele organismo efetuou ao líder da FPN e outros assuntos como a a existência da contratação de familiares em federações
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