WNBA Griner pode ser trocada por traficante de armas russo detido nos EUA
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken [foto de capa], confirmou esta quarta-feira que o país «fez uma proposta significativa» para obter a libertação e regresso ao país, sã e salva, da basquetebolista Brittney Griner, detida na Rússia desde 17 de fevereiro e a ser julgada por tráfico de substâncias proibidas.
Uma proposta que alegadamente envolve, adiantaram já a CNN e a BBC, a troca da base das Phoenix Mercury (equipa da WNBA), de 31 anos, bicampeã olímpica e mundial pelos EUA – mais o ex-fuzileiro norte-americano Paul Whelan, igualmente detido em Moscovo - pelo traficante de armas russo Viktor Bout, este último sob custódia norte-americana.
Em declarações aos jornalistas em Washington, no Departamento de Estado, Anthony Blinken - cujo cargo equivale ao de ministro dos Negócios Estrangeiros em Portugal – escusou-se a adiantar mais pormenores, mas confirmou que irá falar na primeira semana de agosto com o seu homólogo de Moscovo, Serguei Lavrov.
Uma revelação significativa, pois não há diálogo entre a Casa Branca e o Kremlin desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.
«Fizemos uma proposta substancial há semanas [à Rússia]. E a administração [dos EUA] continua a trabalhar de forma afincada para, por todos os caminhos, tentar trazer Brittney Griner e Paul Whelan para casa», home», afirmou fonte oficial da Casa Branca à CBS News.
Griner foi detida a 17 de fevereiro no aeroporto de Moscovo, após lhe terem sido detetados vaporizadores de cannabis na bagagem, e arrisca pena de até dez anos de prisão. A Casa Branca considerou-a «detida por engano» e «refém».
O julgamento de Brittney está em curso no Tribunal e Khimki, nos arredores de Moscovo, onde a basquetebolista compareceu na terça-feira, dia 26 do corrente mês, com a sua advogada de defesa a alegar que a substância proibida seria para aliviar dores e tratamento de lesões.