Jogos Paralímpicos Comitiva ucraniana em Pequim: «Milagre termos chegado aqui»
Em pleno clima de tensão e conflito militar entre Rússia e Ucânia, a comitiva de 20 atletas paralímpicos ucranianos, bem como nove técnicos, chegou esta quinta-feira à China, onde irá participar nos Jogos Paralímpicos de Inverno. Na chegada a Pequim, Valeriy Sushkevych, presidente do Comité Paralímpico da Ucrânia fala das dificuldades em realizar a referida viagem, garantindo ainda que os atletas ucranianos irão apresentar-se com altos níveis de motivação e vontade de defender o seu país.
«É um milagre termos chegado aqui. Muitos elementos da nossa equipa tiveram dificuldade em escapar das bombas. A solução mais fácil teria sido optar por não participar nos Jogos, mas não podíamos desistir», assegurou o presidente do Comité Paralímpico da Ucrânia.
Depois do Comité Paralímpico Internacional ter decidido, inicialmente, que os atletas russos e bielorrussos poderiam participar na competição sob bandeira neutra, esta quinta-feira houve uma mudança de decisão, com a organização a entender que os atletas dos referidos países não poderão participar nesta edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno. O líder da comitiva ucraniana também se manifestou face à situação, sublinhando a tensão que se vive no grupo que agora chegou a Pequim.
«Uma superpotência quer destruir o nosso país. A nossa presença nos Jogos tem um grande significado, é um sinal de que a Ucrânia está viva e continuará a ser um país. Muitos dos nossos atletas estão constantemente a ver os telemóveis e a acompanhar a situação, tentando falar com os familiares. É difícil competir nestas condições», confessou Valeriy Sushkevych.