António José Silva sai da autossuspensão de presidente da federação

António José Silva sai da autossuspensão de presidente da federação

NATAÇÃO29.02.202418:59

Presidente da mesa de assembleia-geral aceitou o pedido e salienta, através de comunicado, que não há necessidade de justificação por não se ter excedido o período de três meses. Sábado haverá assembleia-geral para a presentação de relatório e contas

António José Silva está de regresso à presidência em pleno da federação de natação. Dois dias depois de ter tido conhecimento de que o tribunal de Sintra havia aceite o procedimento cautelar que o próprio, assim como a FPN, haviam requerido, em janeiro, para suspender a decisão do IPDJ que obrigava à sua destituição através de uma assembleia-geral extraordinária, Silva reassumiu, esta quinta-feira, o cargo para o qual se autossuspendera.

Segundo um despacho emitido pelo presidente da mesa de assembleia-geral Alberto Mota Borges, António José Silva comunicou-lhe que «se encontram superados os motivos imprevistos de ordem pessoal que justificaram a suspensão do exercício do seu mandato» e que, nessa mesma comunicação, António José Silva «havia decidido cessar aquela suspensão e retomaria, no dia 29 de fevereiro de 2024, inclusive, o exercício integral do seu mandato», lê-se.

Alberto Mota Borges informa ainda que «uma vez que, não tendo a suspensão de mandato em causa excedido três meses e, como tal, inexistindo, nesse caso, qualquer necessidade de fundamentação da mesma, o interessado pode, a qualquer momento, por sua livre iniciativa, fazer cessar a mencionada suspensão do mandato…».

Com esta permissão, o vice-presidente José Miguel Miranda, que assumira o cargo interinamente, deixa a liderança da FPN e António José Silva estará na assembleia geral ordinária marcada para sábado para a apresentação do relatório e contas das federação. Momento que antecedia, em três horas, a assembleia-geral extraordinária exigida pelo IPDJ que poderia, ou não, destituir o presidente que cumpre o último ano dos seus três mandatos.

Caso tal não acontecesse ou se este não resignasse, a tutela avançaria com o processo que levaria à perda de utilidade pública da FPN e à cessação de todos os apoios do Governo. José Silva foi considerado culpado num inquérito instaurado pelo IPDJ devido a ter concretizado um negócio jurídico com a federação que lidera, o que é proibido por lei.