Vasco Seabra: «80 minutos de qualidade e dez de sofrimento»
Vasco Seabra, treinador do Estoril (Foto: Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Vasco Seabra: «80 minutos de qualidade e dez de sofrimento»

NACIONAL15.03.202423:01

Treinador do Estoril considerou que vitória foi «merecida» e admitiu que pressão de quebrar série de resultados negativos alterou forma de jogar da equipa

O Estoril conseguiu esta sexta-feira importante vitória na luta pela manutenção no campeonato nacional ao derrotar o Portimonense por 1-0, com golo de Cassiano. Apesar do triunfo, os canarinhos tiveram algumas dificuldadese no reta final do encontro para pôr fim à série de seis jogos sem vencer. Treinador do Estoril, Vasco Seabra, considerou o resultado como «merecido».

«Vitória saborosa e merecida por aquilo que temos vindo a passar e a falta de estrelinha que nos tem faltado e porque este grupo de trabalho é extraordinário e de enorme resiliência. É verdade que os pontos estavam a a mexer na parte emocional da equipa, mas penso que este conjunto de meninos hoje foram homens. Deram 80 minutos de qualidade e 10 minutos de sofrimento, mas é necessário sofrer para dar mais valor às conquistas. Vitória total dos jogadores e do compromisso que têm. Precisávamos de desbloquear este jogo, tivemos aquela pontinha de sorte, mas agora é descansar porque ainda há muito trabalho a fazer», adiantou o técnico na flash-interview à Sport TV.

Vasco Seabra foi ainda questionado sobre os últimos 10 minutos do encontro e admitiu que a necessidade de ter um bom resultado afetou o modo de jogar da equipa, especialmente a defender.

«Nós por muito que naquele momento queiramos dizer aos jogadores o que fazer, porque eles sabem o que fazer. Nós sabemos pressionar e bloquear mais à frente, e impedir que o Portimonense se instalasse no meio-campo, mas a verdade é que a equipa também olhava para o relógio e sentia a necessidade de nos agruparmos. Por vezes o inconsciente e a parte emocional do jogo leva-nos a acreditar que se tivermos mais juntos da nossa baliza parece que a defendemos melhor. Não são esses os nossos princípios normais, mas por vezes fazem parte do jogo», concluiu.