9 abril 2025, 16:20
Sporting: homenagem a Aurélio Pereira em Alvalade
Cortejo fúnebre passa esta quinta-feira pelo Praça Centenário
Antigo jogador, treinador e diretor leonino no velório do antigo diretor da formação sportinguista. Frederico Varandas já chegou. Salgado Zenha, Paulo Gomes, Tomaz Morais, Hilário e o benfiquista Shéu Han também presentes
Augusto Inácio, antigo jogador, treinador e dirigente do Sporting, marca presença no velório de Aurélio Pereira e recordou a relação que mantinha com o antigo diretor da formação do Sporting.
9 abril 2025, 16:20
Cortejo fúnebre passa esta quinta-feira pelo Praça Centenário
«Uma relação muito bonita. Um homem simples, um homem que tinha um humor bastante apurado, que é uma faceta que as pessoas desconhecem, mas acima de tudo um grande sportinguista, um homem com uma visão muito grande para descobrir aquilo que outros não veem», começa por dizer o campeão nacional pelos leões, enquanto jogador e treinador.
«Ele tinha essa capacidade, por isso marcou a diferença. Desde 1988, quando ele inaugurou o Departamento de Recrutamento e Informação, ficou com um olheiro com ele para descobrir talentos no país todo. As coisas foram-se alargando e ele foi marcando a diferença. Curiosamente, os rivais também lamentam esta perda porque sabem que foi ele o pioneiro e que eles depois seguiram e copiaram aquilo que era a rede de scouting. Por isso é uma figura importante do Sporting que desaparece, é uma figura importante do futebol português também que desaparece, mas acima de tudo dar as condolências à família, aos amigos, em especial ao Carlos Pereira, que é o seu irmão, com quem joguei também no Sporting e naturalmente que o futebol português perde uma grande figura», lamenta Augusto Inácio.
«As memórias que guardo? A primeira coisa que fazíamos quando nos encontrávamos era cumprimentar e rir, sem explicar nada, porque tenho um filho que usava um chapéu preto e ele cada vez que me via, mesmo sem o meu filho, dizia assim: ó paleta preta, ó paleta preta, e a gente achava a piada àquilo. Mas oque mais guardo, como é evidente, era tentar observar o que é que ele via, que às vezes eu não via, porque numa idade de 14, 15, 16, 17 anos ninguém vai adivinhar que pode ser ali um talento… Há coisas que têm de ser apuradas, só ele sabia fazer, por isso é que ele descobria os talentos mais cedo.
O velório decorre na Igreja de São João Baptista, no Lumiar, e presentes no velório já estão também o presidente dos leões, Frederico Varandas, bem como o vice Salgado Zenha, os diretores Tomaz Morais, Paulo Gomes, o irmão Carlos Pereira, bem como o benfiquista Shéu Han e a glória leonina Hilário.