O conflito diplomático que pode dificultar a vida dos clubes argentinos na Libertadores

O conflito diplomático que pode dificultar a vida dos clubes argentinos na Libertadores

INTERNACIONAL19.03.202417:16

River Plate e Rosario Central terão de visitar equipas venezuelanas, na fase de grupos, mas o espaço aéreo da Venezuela está fechado para aviões argentinos

No sorteio da Libertadores, que se realizou na madrugada desta terça-feira, ditou a sorte que o River Plate, da Argentina, fosse incluído do grupo H, juntamente com Libertad (Paraguai), Deportivo Táchira (Venezuela) e Nacional (Uruguai).

Contudo, nas vésperas de começar a competição surgiu um problema inesperado para os argentinos e noticiado pelo TyC Sports, relacionado, precisamente, com um dos adversários do grupo H, neste caso, os venezuelanos do Deportivo Táchira.

O conjunto Millonario não sabe como vai fazer para se deslocar à Venezuela. Este problema surge na sequência da decisão do governo venezuelano de fechar o seu espaço aéreo para os aviões argentinos. A decisão do governo foi tomada após Javier Milei, presidente argentino, ter entregue aos Estados Unidos da América um avião da companhia aérea venezuelana Emtrasur, que tinha ficado retido na Argentina em 2022, primeiro por falta de combustível, e depois por suspeitas de terrorismo.

Uma opção que já começa a ser estudada por estes clubes, caso o conflito não seja resolvido, é viajar de avião para um país vizinho da Venezuela e depois viajar de autocarro, o que implicaria mais horas e cansaço para os jogadores. Outra opção também seria ir através de outra companhia aérea que não fosse argentina, que talvez seria a alternativa mais viável. 

Não é apenas o River Plate que está metido neste problema. Também o Rosario Central e o Lanús terão de enfrentar adversários venezuelanos. No caso do Rosario Central, este calhou no Grupo G da Libertadores como o Peñarol (Uruguai), Atlético Mineiro (Brasil) e Caracas (Venezuela).

O Lanús, que, por sua vez, jogará a Taça Sul-Americana, está no Grupo G com Metropolitanos (Venezuela), Cuiabá (Brasil) e Deportivo Garcilaso (Peru).